Perante o facto incontornável do mercado ibérico de telecomunicações de rede fixa ser ainda controlado pelos operadores incumbentes, Portugal Telecom e Telefonica, o presidente da Jazztel, Martín Varsavski, afirmou ontem que a melhor estratégia a seguir pelos novos operadores seria a união das empresas. Em fase de estudo está já a possibilidade de fusão entre a Jazztel e a Uni2 – subsidiária da France Telecom – e com a Retevisión na Espanha, enquanto no nosso país as conversações decorrem também com a EDP e a France Telecom.



De acordo com declarações hoje publicadas no portal Negócios.pt, o presidente da Jazztel prevê que o mais provável seja a fusão entre a sua operadora e a Novis – controlada pela Sonae.com e da qual a France Telecom detém 20 por cento – e a Oni em Portugal e com a Retevision e a Uni2 Espanha.



A Jazztel e a France Telecom estão assim a concluir negociações, estando já a determinar-se os valores dos activos, de acordo com o portal Negócios.pt. Segundo revelou ao mesmo órgão de comunicação Martín Varsavski, a France Telecom vai ficar com uma participação no capital da Jazztel, mas em relação ao mercado nacional as negociações para uma fusão ainda não tiveram início.



Apesar da liberalização do sector a forte posição no mercado e estreita relação com os Governos dos operadores históricos continua a ditar o insucesso de novos operadores, uma situação que Martín Varsavski deseja ver alterada num processo que espera tenha início ainda no primeiro semestre deste ano com as fusões na Península Ibérica.



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