Esteve reunido ontem em Lisboa o painel internacional de avaliadores do Programa MIT Portugal, que assinala hoje um ano depois do lançamento. Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, considera que este primeiro ano foi muito positivo e que se reflecte num “progresso extraordinário” ao nível do Ensino Superior em Portugal.

Desde 11 de Outubro de 2006 o programa já envolveu 60 professores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), incluindo um Nobel, que se somam a 180 professores e investigadores das sete universidades portuguesas e 11 instituições de investigação envolvidas no projecto. Foram lançados novos programas de pós graduação e 130 alunos foram seleccionados para doutoramentos e mestrados.

Numa conferência destinada a fazer o balanço deste primeiro ano, Phil Clay, chanceler do MIT, assumiu também a satisfação com o programa e com o envolvimento que todo o Governo português colocou neste tema. Reconhece no entanto que existem algumas dificuldades na coordenação de todas as instituições, cada uma com a sua cultura e modo de funcionamento.

Para 2008 o programa pretende centrar-se mais na indústria, criando redes temáticas que possam garantir a valorização económica do conhecimento científico gerado por estas parcerias, adiantou Paulo Ferrão, coordenador nacional do programa em conferência de imprensa.

Existem já alguns resultados práticos do envolvimento das empresas neste programa, sendo citado o o investimento de uma empresa malaia de alta tecnologia numa fábrica de pilhas de combustível, que prevê a criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento e a contratação, numa primeira fase, de 67 doutores e mestres.

Recorde-se que as empresas que se associaram ao programa comprometeram-se formalmente em aumentar em 50% o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) e em garantir 60 novos contratos de doutores e 100 novos contratos de especialistas até 2011, bem como duplicar o registo internacional de patentes em dois anos. Entre as empresas que assinaram este compromisso estão a EDP, EDP Inovação, Efacec, Galp Energia, REN, Martifer e Deimos, so sector da energia e Autoeuropa, Amorim Industrial Solutions, Inapal, Simoldes, Plasdan, Celoplás, Iber Oleff, Manuel da Conceição Graça, Sunviauto, TMG e CEIIA, do sector automóvel.

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