Foi hoje formalizado o último dos três protocolos prometidos entre o Estado português e Universidades norte-americanas, conduzidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O acordo com a Universidade do Texas inclui a participação de 15 universidades, 3 laboratórios associados, 4 parques de ciência, e 2 agências governamentais, para além de 12 empresas portuguesas da área de Media e Tecnologia.

Manuel Heitor, Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, afirma que os protocolos hoje assinados são a conclusão de "uma primeira fase de três projectos lançados em 2006 pelo Governo com o objectivo de estimular a internacionalização das instituições de ensino superior e de ciência e tecnologia" e destaca o reforço feito da "prioridade nas pessoas, no conhecimento e nas ideias".

O secretário de estado, que tem conduzido os processos dos três acordos realizados pelo estado, salienta duas características que considera inovadoras neste protocolo, referindo-se à criação do CoLab e ao envolvimento da comunidade académica e empresarial, o que aliás tinha acontecido já anteriormente no acordo com o MIT e a CMU.

O instituto virtual que será criado, que recebe o nome de CoLab (International Collaboratory for Emerging Technologies), vai funcionar com dois pólos, um em Portugal e outro na Universidade do Texas, e conta também com uma gestão que envolve os dois lados, incluindo uma rede dos gabinetes de transferência de tecnologias das universidades públicas portuguesas e alguns grandes parques de ciência com o Instituto IC2 (Innovation Creativity and Capital) da Universidade do Texas em Austin, que se irá denominar UTEN (University Technology Enterprise Network).

O CoLab tem um financiamento público de 25 milhões de dólares, para os 5 anos do projecto de colaboração, e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior refere ainda em comunicado que a "UT Austin espera receber 11 milhões de dólares ao longo dos cinco anos", não sendo porém clara a origem deste valor.

Entre as empresas que participam no protocolo, através do programa de filiação industrial, contam-se a Brandia Central; Bycom, Serviços De Design E Publicidade; Critical Software; Duvideo; Fundação Casa Da Música; Fundação De Serralves; Innovagency; Inteli; Media Capital; Grupo Porto Editora; Público e Ydreams.

Não são também claros os compromissos assumidos por estas empresas no âmbito do protocolo, para além do envolvimento na definição da estratégia e orientações do programa, ao contrário do que aconteceu na assinatura do acordo com o MIT onde os envolvidos no programa têm objectivos de investimento em I&D bem definidos.

Da fileira das Universidades, coordenadas pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia (FCT) fazem parte a Universidade Do Minho, com a Escola De Engenharia Da Universidade Do Minho; a Escola Superior De Biotecnologia; a Universidade Católica Portuguesa; a Universidade Do Porto, com a Faculdade De Belas Artes, a Faculdade De Economia, a Faculdade De Engenharia, a Faculdade De Letras e a Faculdade De Engenharia; a Universidade De Lisboa; a Universidade Nova De Lisboa com as suas faculdades de Ciências de Ciências Sociais e Humanas, de Ciências e Tecnologia e ainda a Faculdade de Economia; a Universidade De Coimbra com a faculdade de Ciências e Tecnologia; o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa; a Universidade Técnica De Lisboa com o Instituto Superior Técnico e o Instituto Superior De Agronomia; a Universidade dos Açores; Universidade do Algarve; Universidade de Aveiro; Universidade da Beira Interior; Universidade de Évora; Universidade da Madeira e a Universidade De Trás-os-Montes e Alto Douro,

Constam da lista também o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto, Inesc-Porto; o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, LIP; e o Laboratório Associado De Energia, Transportes E Aeronáutica, LAETA, todos Laboratórios Associados. Restam os quatro parques de ciências, Avepark; Madan Parque; Parkurbis e
Taguspark, assim como as agências governamentais UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento, e a Agência de Inovação.

Fátima Caçador

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