A Portugal Telecom revelou finalmente o seu projecto para a fibra óptica. A empresa propõe-se a levar a tecnologia a um milhão de lares até ao final deste ano. O anúncio surge no dia em que é feita a apresentação de resultados do grupo, que nos três primeiros meses do ano acumulou receitas de 1,6 mil milhões de euros, 2,1 por cento mais que período homólogo, para um lucro de 166 milhões de euros.

"Este investimento é um marco importante que permitirá transformar radicalmente a experiência de televisão, acesso à Internet e de entretenimento de várias gerações de clientes, presentes e futuras", justifica a empresa na nota enviada à CMVM.

Para concretizar o objectivo de levar a fibra óptica a um milhão de portugueses a PT vai reforçar o investimento doméstico para este ano em 10 por cento. O guidance para o capex doméstico, antes apresentado pela PT, era de 650 milhões de euros.

No que se refere aos resultados do primeiro trimestre, para o aumento de 19,1 por cento nos lucros do grupo liderado por Zeinal Bava, contribuiu a performance da rede fixa, que cresceu 3 por cento, para os 492,1 milhões de euros.

Em comunicado, a PT explica que está aqui reflectida a inflexão das receitas no retalho, graças à performance dos serviços de TV e banda larga. No que se refere á TV a PT conseguiu 84 mil novos clientes no trimestre e permitiu atingir um total de 384 mil clientes.

Na banda larga o número de novos clientes atingiu os 45 mil, amortecendo o impacto da perda de linhas que a operadora tem enfrentado no negócio fixo ao longo dos últimos anos. Na banda larga a PT passou a gerir um parque de 752 mil clientes, sendo que metade destes clientes também usa o serviço de TV.

As receitas operacionais da TMN, por seu lado, diminuíram 4,2 por cento, 371,1 milhões de euros. A operadora móvel terminou o trimestre com 6,95 milhões de clientes, tendo ganho no período 15 mil novos subscritores, número que representa uma queda de 85 por cento face ao mesmo período do ano passado e que já inclui os novos clientes vindos de programas como o e-escola. Neste período as receitas de dados geradas pela operadora já contribuíram em 22,7 por cento para as receitas de serviços.