O número de postos de trabalho continua a diminuir em Silicon Valley, mas mais lentamente do que nos últimos anos, de acordo com o "The 2004 Index of Silicon Valley", o mais recente relatório anual da Joint Venture Silicon Valley, uma organização não lucrativa. Se e quando se registar novo aumento do emprego na região, a indústria biomédica poderá representar um papel mais importante do que no passado, sugerem igualmente os dados apurados pelo estudo.




Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, o emprego diminuiu entre o segundo trimestre de 2002 e o mesmo trimestre de 2003 a apenas metade da taxa - cinco por cento - da verificada no período anual anterior. A partir de meados de 2003, o estudo sugere que a taxa de quebra continuou a abrandar, dando aos gestores esperança de que o evidente retorno ao investimento em tecnologia possa, a curto prazo, ser traduzido num renovado crescimento do emprego.



A área da biomedicina em Silicon Valley, onde se incluem muitas das empresas líderes em biotecnologia norte-americanas, foi a que perdeu menos postos de trabalho, quando os resultados do estudo demonstraram igualmente que, pela primeira vez, o investimento de capital de risco em biotecnologia igualou ao investimento em empresas de software.



Falando nos primeiros sinais de outra reinvenção de Silicon Valley, os responsáveis pelo estudo afirmam que o desafio que se coloca agora a Silicon Valley é fornecer a formação e instrução necessárias para assegurar que os seus trabalhadores estão preparados para novas funções.



Durante o segundo trimestre do ano passado, Silicon Valley eliminou aproximadamente 202 mil postos de trabalho face ao pico de emprego registado no segundo trimestre de 2001, quando a força de trabalho da região se situava nos 1,38 milhões.



Pelo terceiro ano consecutivo, a média dos ordenados diminuiu em Silicon Valley, mas reduzidamente (1,5 por cento), em comparação ao ano anterior.
Apesar das reduções, o ordenado médio em Silicon Valley é 60 por cento mais alto do que a média no resto do país, situada nos 37.300 dólares. O custo de vida no vale, contudo, é 47 por cento superior do que a média nacional.



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