A Nokia acaba de revelar os resultados financeiros para o segundo trimestre de 2010, onde é mais uma vez patente a perda de mercado que a gigante finlandesa está a enfrentar num cenário cada vez mais concorrencial.

No mês passado a Nokia tinha feito saber que ia baixar as previsões para os resultados por causa da intensa concorrência, sobretudo na área de smartphones, mas as vendas deste segmento até acabaram por não ser tão más como era previsto.

Entre os meses de Abril, Maio e Junho, os resultados da Nokia cresceram 1% face ao período homólogo, fixando-se nos 10 mil milhões de euros, mas os resultados líquidos baixaram 40% para os 227 milhões de euros, face aos 380 milhões reportados há um ano.

A quota de mercado da empresa tem sido afectada com o crescimento da concorrência, reduzindo para 33% - dois pontos abaixo do ano passado. No entanto na área de smartphones a empresa manteve uma quota de 41%, para o que terá contribuído o crescimento do mercado. A empresa vendeu 24 milhões de terminais "inteligentes", mais 42% do que no período homólogo.

O volume total de vendas de telemóveis também aumentou, subindo 8% para os 111,1 milhões de unidades.

A unidade de redes da empresa, a Nokia Siemens Networks, também perdeu nas receitas, para os 3 mil milhões de euros, que foram acompanhadas por perdas de 27% nos resultados líquidos.

Nos últimos dias a possível saída do CEO da empresa tem gerado muita especulação, mas Olli-Pekka Kallasvuo garante que está para ficar e pede para que se pare com a especulação que está a afectar a empresa.

Em comunicado, a empresa mostra optimismo em relação ao futuro, estimando que o mercado cresça 10% este ano. Para o terceiro trimestre a empresa espera resultados entre 6,7 e 7,2 mil milhões de euros.

Apesar dos resultados menos positivos do que em exercícios anteriores, a Nokia continua a ser líder no mercado de telemóveis, tendo vendido mais de 432 milhões de equipamentos em 2009.