A empresa de venda de palavras-chave na Internet RealNames vai encerrar após a Microsoft se ter recusado renovar o contrato que mantinha com a mesma. Como consequência desta decisão, 83 funcionários ficaram desempregados e os bens da empresa serão liquidados para dividir o seu valor pelos accionistas e credores.



Segundo o serviço noticioso News.com a dívida à Microsoft – que detém 20 por cento da empresa devedora – ascendia já aos 25 milhões de dólares (27 milhões de euros) que teriam de ser pagos até ao final desta semana, um pagamento inviável, referiram fontes da empresa.



Os serviços da RealNames vão continuar a funcionar até 30 de Junho, altura em que termina oficialmente o contrato com a Microsoft. Até ao momento a empresa reclama ter uma média de 170 milhões de "resoluções de palavras- chave" por mês, todavia, tem sido difícil convencer os utilizadores a mudar o seu hábito de introduzir o URL completo o que aliado à crescente concorrência tornou impossível a sobrevivência da empresa.



A tecnologia de keywords ou de palavras-chave da RealNames estava disponível no browser Internet Explorer da Microsoft e permitia que os internautas encontrassem com precisão uma marca ou empresa caso esta estivesse registada na base de dados da RealNames (ver Notícias Relacionadas).



Com este sistema da RealNames o utilizador não era obrigado a conhecer o endereço completo da página a que pretendia aceder, podendo inserir no campo do endereço apenas uma ou duas palavras. Quando um utilizador escrevia uma palavra-chave esta era comparada com a base de dados de URLs da empresa e automaticamente era direccionado para a página pretendida.



Com a perda do seu principal distribuidor, independentemente do sucesso que a firma tivesse a ter, tornou-se insustentável prosseguir. Segundo o director executivo da RealNames, Keith Teare, nem mesmo a oferta de um pagamento de 5 milhões de dólares (5,4 milhões de euros) numa primeira fase, seguida por um pagamento de 5 milhões de dólares ou 15 por cento das receitas alcançadas até Junho de 2003 conseguiram convencer a Microsoft a aceitar a renovação do acordo.



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