A Vodafone apresentou hoje os resultados financeiros relativos ao ano fiscal de 2010, que para a empresa terminou a 31 de Março. Os lucros globais caíram 7,8 por cento, empurrados pela quebra de ganhos em mercados europeus.

Portugal, Espanha, Itália, Irlanda e Grécia representaram prejuízos na ordem dos 6,15 mil milhões de libras (7,05 mil milhões de euros), com factores como a conjuntura económica e a crescente concorrência a serem apontados como determinantes.

No mercado nacional, a empresa perdeu 401 milhões de euros, ainda assim menos que nos restantes cinco periféricos.

Não obstante, a operadora refere no relatório de contas que as quebras nas receitas de serviços foram inferiores às apresentadas em 2009, o que assinala uma recuperação.

A nível global, a companhia registou uma subida de 3,2 por cento nas receitas anuais, que atingiram os 45,9 mil milhões de libras (52,6 mil milhões de euros).

Já o lucro situou-se nos 7,97 mil milhões de libras (9,13 mil milhões de euros), ao invés dos 8,65 mil milhões de libras (9,91 mil milhões de euros) registados um ano antes - que tinham sido influenciados por maiores subidas nas receitas, cortes nos custos e impostos mais baixos.

As receitas decorrentes de serviços cresceram 2,1 por cento ao ano e 2,5 por cento na comparação baseada nos últimos trimestres de 2010 e 2009, com a ajuda dos bons resultados obtidos em África, Médio Oriente e na região Ásia-Pacífico.

As comunicações de dados são uma das áreas destacada pelo CEO da Vodafone no comunicado oficial da empresa, e um dos "domínios-chave" identificados para crescimento até 2012 - como o mercado empresarial e os mercados emergentes.

As receitas de dados subiram 26,4 por cento no último ano, atingindo os 5,1 mil milhões de libras em 2010, numa altura em que 48 por cento dos clientes europeus com smartphones já contratam algum tipo de plano para tráfego de dados.

O responsável afirma que a penetração de smartphones - considerada um factor chave para o desenvolvimento desta categoria de serviços - continua a crescer entre a base de clientes da empresa.

A banda larga móvel que ainda é a responsável pela maioria do tráfego de dados nas redes da Vodafone beneficia também do estímulo que constituem os tablets, que a operadora acredita terem potencial para se tornarem dispositivos de massas no médio prazo.