A Yahoo conseguiu, durante o primeiro trimestre deste ano, fazer crescer as receitas da empresa, comparativamente ao registado no período homólogo, revelou durante uma comunicação oficial emitida ao final do dia de ontem. É a primeira vez, desde finais de 2008, que a empresa reporta um aumento do volume de negócios.

Mesmo que os números não sejam impressionantes, apresentam-se como um bom indicador para uma empresa que tem em marcha um plano de reestruturação. E um bom presságio para o novo CEO, Scott Thompson - até porque, durante o tempo da sua antecessora, Carol Bartz, nunca tal "façanha" foi conseguida.

O valor global da receita da empresa foi de 1,08 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 13 milhões de dólares, ou 1%, face aos três primeiros meses de 2011. Os dados foram revelados por Scott Thompson durante numa conferência de imprensa em que, ainda assim, optou por não se alongar muito sobre números.

"Ainda temos muito trabalho pela frente, mas trata-se de uma meta importante para nós", referiu o diretor financeiro da Yahoo, Tim Morse, em entrevista à Associated Press, numa altura em que a companhia põe termo a 13 trimestres consecutivos de quebras nas receitas.

A empresa mostrou também um bom desempenho ao nível de indicadores como o lucro. Estes dados não constituem, porém, uma surpresa, uma vez que - em parte graças aos últimos cortes de custos - a companhia tem conseguido apresentar resultados positivos nesta matéria.

No primeiro trimestre deste ano, o valor situou-se nos 286 milhões de dólares, ou 23% por ação, o que representa um crescimento de 28% face aos números registados um ano antes: 223 milhões de dólares (ou 17% por ação). Os valores registados ficaram também acima dos ganhos de 17% por ação que tinham sido estimados pelos analistas.

Numa altura em que a gigante enfrenta um período decisivo de reestruturação - com uma estratégia que inclui o encerramento de serviços e o despedimento de 15% da força de trabalho da empresa - os resultados tiveram reflexos imediatos entre os investidores, com o preço das ações a subir 43 cêntimos (cerca de 3%).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes