A fabricante sul-coreana anunciou esta manhã que está a prever que os lucros operacionais relativos ao período de outubro a dezembro acusem uma perda de cerca de 1.600 milhões de euros. Revelou também que estima que os lucros do primeiro trimestre de 2017 sofram um impacto negativo de cerca de 800 milhões de euros.

Em comunicado oficial, a Samsung indica que estas previsões são diretamente influenciadas pelas perdas sofridas devido à suspensão das vendas e à descontinuação do Galaxy Note 7. É também avançado que estes números são publicados com a intenção de notificar o mercado relativamente aos efeitos da cessação da produção do phablet.

A tecnológica de Seul explica que planeia normalizar o seu negócio de dispositivos móveis com o reforço das vendas de "modelos flagship como o Galaxy S7 e o S7 Edge”.

Recorde-se que vários utilizadores do Galaxy Note 7 relataram que o dispositivo sobreaquecia e que se incendiava, tendo alegadamente provocado vários danos materiais.

Desde então, a Samsung tem vindo a pedir aos proprietários destes telemóveis para os devolverem à empresa, no âmbito de programas de retoma. Algum tempo depois, a empresa começou a distribuir novas versões do Galaxy Note 7, assegurando que o problema das baterias teria sido resolvido e que estes novos dispositivos seriam seguros.

Mas, ao que parece, a nova “fornada” de phablets ainda padecia do mesmo mal que os seus antecessores: quando o telemóvel se encontrava ligado à corrente, as baterias de lítio sobreaqueciam e entrava em combustão.

Foi só no passado dia 11 de outubro, cerca de dois meses depois de ter apresentando o Galaxy Note 7 ao mundo, que a Samsung chegou à conclusão que estava na altura de aplicar o “golpe de misericórdia” àquele que esperava vir a tornar-se o produto porta-estandarte da sua gama Galaxy.