A SAP admitiu que uma subsidiária sua fez "downloads inapropriados" de documentos da Oracle, mas garantiu não ter tido acesso a nenhuma informação privilegiada daí resultante. A afirmação foi proferida pelo presidente executivo da SAP, Henning Kagermannenquanto, numa altura em que as empresas aguardam a segunda sessão de um processo judicial que envolve as duas empresas por alegadas acções de uma subsidiária da SAP, a TomorrowNow.



Adquirida em 1995, a empresa fornecia serviços de suporte aos utilizadores de soluções J.D. Edwards e PeopleSoft e essa condição ter-lhe-á permitido ter acesso a senhas de acesso ao serviço de suporte online da Oracle para estas soluções. Com estes acessos a subsidiária terá feito a descarga de milhares de documentos que permitiam ter acesso ao código fonte das soluções, uma situação que a Oracle descobriu alguns meses depois pelo anormal volume de downloads efectuados, cerca de 10 mil.



Investigando o caso a empresa descobriu que os acessos em questão tinham sido feitos por clientes com senhas prestes a perder a validade ou já inválidas, que entretanto tinham deixado de ser clientes de soluções Oracle e passado a ser clientes SAP TomorrowNow.



A SAP vem agora admitir as irregularidades demarcando-se delas e acrescentando que o director da TomorrowNow já foi afastado e substituído por um novo responsável. A empresa mostra-se também disponível para um acordo com a Oracle que ponha termo ao processo judicial.



A próxima audição do processo terá lugar em Setembro no tribunal federal da Califórnia. A Oracle diz entretanto que avançou com o processo judicial para perceber a dimensão dos downloads ilegais de documentos e compreender como usa a SAP a sua propriedade intelectual no negócio.



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