A aposta na Internet como canal para aceder aos serviços da Direcção Geral de Impostos está a ser bem aceite pelos utentes nacionais, assim diz o estudo encomendado pelo Ministério das Finanças, que se mostram satisfeitos com os novos canais.



A notícia avançada pelo Jornal de Negócios mostra os resultados da análise, onde os serviços disponibilizados na rede foram considerados "Bons" ou "Muito Bons" por 63 por cento dos Técnicos Oficiais de Contas, 74 por cento dos utentes do canal Internet e por 69 por dos notários inquiridos.



Os pontos negativos dos novos serviços assentam essencialmente no tempo de espera das linhas telefónicas, os custos das chamadas e o horário de funcionamento dos números de atendimento.



A melhoria dos canais de suporte, nomeadamente, o telefone e o email, no que toca à capacidade de resposta, é um dos pontos focados no estudo, com o Ministério das Finanças a referir que é ainda necessária a celeridade dos processos de back-office actualmente existentes (incluindo a integração dos sites e dos call-centers co-existentes), assim como a personalização dos serviços)", cita a mesma fonte.



De acordo com os dados, os serviços mais procurados pelos utentes são a entrega de declarações online e a obtenção de comprovativos, com os níveis de utilização dos TOCs e dos utentes a superar os 90 por cento.



Por outro lado, as ferramentas menos utilizadas foram a "Inscrição de Prédios", o "Pedido de Isenção de IMI" e a "Entrega de Declarações de IMT", com níveis de utilização inferiores aos 30 pontos percentuais.



O facto de "se tratarem de funcionalidades mais recentes, de corresponderem a factos ocasionais" é a justificação para a fraca adesão a estes serviços. Contudo, a maioria dos utentes estão interessados em ver activos novos serviços, nomeadamente, o "Pagamentos por Conta, Pagamentos Especiais por Conta, Cadernetas e Inscrição de Prédios Rústicos, Imposto Municipal sobre Veículos, Início, Alteração e Cessação de Actividade, Acompanhamento do Estado dos Processos, Conta Corrente Integrada", entre outros.



São também sugeridas mais informações no que diz respeito às "Contas Correntes, Dívidas e Infracções Fiscais e Pagamentos/Reembolsos de IRS".



O mesmo inquérito apura que "91% dos Serviços de Finanças classificaram-se a si próprios como funcionando bem ou muito bem", no atendimento presencial, "traduzindo-se este facto numa ligeira melhoria face ao ano anterior".



Nos balcões os serviços mais requisitados pelos contribuintes singulares são os pedidos de certidões e a entrega de declarações, enquanto que, por parte das empresas, os serviços mais procurados são igualmente o pedido de certidões e os pagamentos.



Esta análise teve início no ano passado e recolheu as respostas de cerca de 1,6 mil Técnicos Oficiais de Contas, aproximadamente 3,9 mil utentes do canal Internet e 164 notários.

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