Os serviços móveis apenas irão contribuir com um a dois por cento da receita média por utilizador (ARPU) das operadoras de telecomunicações móveis em 2002, ao passo que o SMS interpessoal irá contar com 12 por cento, indica um novo estudo da consultora Strand Consult.



Com base nos dados actuais recolhidos em 2002, o relatório prevê que os serviços móveis apenas irão ultrapassar em termos de ARPU o SMS interpessoal em 2005, ano em que os serviços móveis passarão a representar 17 por cento da receita média por utilizador das operadores, batendo por pouco os 16 por cento do SMS interpessoal.



Os resultados deste estudo põem assim em cheque as declarações recentemente afirmadas por alguns operadores europeus de que esperavam que 50 por cento das suas receitas totais derivassem de tráfego de dados daqui a cinco anos. Caso estas previsões se concretizassem, este tipo de oferta poderia servir para recuperara as somas perdidas com os enormes investimentos em tecnologia e licenças de UMTS.



O mercado de telemóveis na Europeu começa a entrar em estado de saturação. Por outro lado, se o custo por minuto de tráfego de voz continuar a descer, como tem ocorrido nos últimos anos devido à cada vez maior concorrência do sector, as receitas geradas por esse tipo de tráfego serão ainda menores. Daí a aposta das operadoras no tráfego de dados, como SMS interpessoal e serviços premium de SMS, para além do MMS, WAP e Java.


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