A Sharp vai sair do mercado tradicional de computadores. O sector não era há muito uma aposta central da fabricante japonesa, mas agora a empresa terá decidido desinvestir em definitivo no fabrico de desktops e portáteis, no sentido mais tradicional do termo, para apostar num novo modelo de negócio.




A notícia é avançada pelo jornal japonês Nikkei, que recorda o desinvestimento da empresa na área desde o ano passado. A excepção à decisão vai para o segmento dos tablet, no qual a companhia pretende apostar numa nova lógica.




Na sequência da publicação desta informação a Sharp fez uma declaração, onde refere que vai concentrar esforços no lançamento do seu novo tablet PC, embora não confirme - nem desminta - que o foco neste segmento implique o desinvestimento total noutros segmentos de PCs. A empresa diz apenas que vai apostar num novo modelo de negócio, que sai do domínio dos equipamentos para se estender à esfera dos conteúdos. O mesmo modelo pretende aplicar aos dispositivos móveis.



Anunciado em Setembro e com lançamento previsto já para o próximo mês de Dezembro, o Galapagos marca uma das mais recentes apostas da fabricante na área da informática, materializada num tablet PC Android que estará disponível em duas versões. Primeiro no Japão e algum tempo depois também em outros mercados. O novo dispositivo, que o TeK já tinha noticiado, fará uma forte aposta em conteúdos como os ebooks, prometendo mais de 30 mil títulos.




A justificar o fim do modelo de negócio tradicional nos PCs pela Sharp, o Nikkei aponta as dificuldades da empresa para conseguir resultados positivos.




A imprensa especializada recorda que a Sharp marcou algumas tendências de mercado, durante os anos em que se posicionou como fabricante tendo sido, por exemplo, uma das primeiras empresas a usar a tecnologia LCD em ecrãs de PC. Foi também pioneira na tendência de diminuição do tamanho dos PCs, no início da década de 90.