No mesmo dia em que apresentou os resultados financeiros referentes ao ano fiscal que passou, a Sonaecom deu a conhecer a sua visão e movimentos em alguns dos projectos que têm marcado a estratégia daquela que é, actualmente, a terceira maior operadora de telecomunicações em Portugal.



Questionado acerca da posição da empresa no projecto para a Televisão Digital Terrestre, Ângelo Paupério, presidente da Sonaecom, referiu que este continua a ser um "processo em aberto". O responsável afirma que a operadora está "a estudar a sua estratégia", nomeadamente no que concerne à forma como poderá entrar no processo: "com ou sem parcerias".



Ângelo Paupério frisou que "este é um projecto lançado há algum tempo" onde a Sonaecom participou através de "alguns comentários no âmbito da consulta pública". No entanto, as opiniões apresentadas pela operadora "não foram acolhidas", o que acabou por deitar por terra algum do "entusiasmo” da empresa.



No que se refere à possibilidade de a empresa diversificar a oferta de televisão através de satélite, a posição da Sonaecom não se altera. Segundo o presidente da operadora, foram efectuados alguns estudos sobre este tipo de oferta embora, neste momento, essa aposta esteja fora dos planos da empresa.



A diversidade da oferta da Sonaecom poderá passar por aquele que é um dos projectos de maior investimento da operadora para os próximos tempos, a rede de nova geração.
Segundo o responsável, esta é uma aposta "oportuna" e que "faz sentido" para o mercado português, uma vez que vai "dar um forte impulso às RNG". Desta forma, "quanto mais rápido avançar mais depressa serão levados melhores serviços aos clientes".



Por enquanto, ainda não existem quaisquer intenções de firmar parcerias ou negociações nesse sentido, embora Ângelo Paupério refira que "já existem entidades a demonstrar interesse no projecto".



Quanto ao elevado orçamento canalizado para este projecto, o presidente da operadora referiu apenas que a Sonaecom "tem uma capacidade significativa de alavancamento", que "tem sabido gerir a sua capacidade de investimentos", pelo que este investimento não é limitativo.



Por fim, o responsável frisou que apesar de não haver nenhum impedimento para lançar nova OPA sobre a agora ZON, "há movimentos que podem fazer sentido no mercado", embora isso não implique "que tenham de ser concretizados", pelo que esta é uma possibilidade que não passa pelas preocupações da empresa.



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