A Sony confirmou que vai vender o negócio de computadores e a marca Vaio à Japan Industrial Partners (JIP), uma empresa japonesa de investigação e especializada em investimentos de várias áreas. A decisão foi anunciada durante a apresentação dos resultados do último trimestre fiscal e os valores do negócio ainda não foram revelados.

A Sony vai deixar de planear, desenhar e desenvolver produtos na área dos computadores pessoais, e a decisão está relacionada sobretudo com as grandes mudanças que têm afetado o segmento dos PCs, como a quebra na procura por estes dispositivos e a emergência de outros segmentos mais relevantes, como o dos dispositivos móveis.

O negócio entre a Sony e a JIP deve ficar concluído até ao final de julho e sabe-se que o fundo de investimento japonês tem como primeiro plano de execução continuar a vender os computadores sob o nome Vaio, que também adquiriu à tecnológica. A Lenovo também esteve alegadamente interessada no negócio, mas a Sony optou por outra solução.

A marca Vaio nasceu em 1996 e desde então evoluiu bastante. Os computadores desta gama sempre se destacaram por um design apelativo e diferenciador, tendo surgido inclusive relatos de que Steve Jobs, o cofundador da Apple, estava disposto a abrir uma exceção para que o Mac OS também estivesse disponível nos PCs da Sony.

No final de dezembro do ano passado e início de janeiro deste ano a nova gama de computadores portáteis da empresa ficou disponível em Portugal, numa clara tentativa de a Sony se adaptar aos tempos modernos – equipamentos multifacetados e virados para a portabilidade e para a potencialidade do formato tablet.

Durante a conferência com os investidores a Sony revelou ainda que vai concentrar a divisão de smartphones e tablets, uma passo necessário para acelerar a revitalização e crescimento da empresa no mercado da eletrónica, pode ler-se em comunicado.

Quando à divisão de televisores a Sony decidiu retirá-la da empresa e geri-la de forma independente e como uma subsidiária. A transição deve acontecer também em julho de 2014 e contempla ainda uma mudança de estratégia, estando prometido um foco maior nos televisores de gama alta e o lançamento de modelos específicos de TV orientados para as necessidades específicas de alguns mercados.

Sabe-se também que a Sony tenciona despedir cerca de 5.000 trabalhadores até março de 2015, sendo 3.500 dos quais colaboradores da empresa fora do Japão. À TSF a Sony Portugal revelou ainda não saber se Portugal está entre os países afetados pela vaga de despedimentos.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico