
As empresas japonesas continuam a reagir aos danos provocados pelo sismo e pelo tsunami que na última sexta-feira atingiu o país. Os números dos danos materiais e humanos provocados pela tragédia vão surgindo a conta gotas, neste país asiático com um sector de electrónica de consumo de forte presença no mercado europeu.
Sobre as eventuais consequências do terramoto para o negócio e para o normal fornecimento de produtos os dados são ainda mais limitados, como o TeK pode comprovar numa ronda por algumas das principais fabricantes de TI japonesas com presença em Portugal. Isto, embora a imprensa internacional relate imediatas subidas de preços em algumas componentes TI e fortes descidas do valor das acções de alguns dos principais gigantes japoneses.
Ainda durante o fim-de-semana algumas das principais fabricantes de electrónica do país foram divulgando informação dos danos da tragédia nas suas instalações, como a Sony, que se viu obrigada a encerrar operações em seis fábricas no norte do Japão. A medida teve um impacto directo na capacidade de produção da empresa no que se refere aos discos e leitores Blu-ray, fitas magnéticas e baterias de lítio.
Uma das fábricas da Sony ficou mesmo inundada num dos pisos inferiores na sequência do Tsunami.
Directamente afectada pelo tsunami foi também a Epson, que relata fecho de instalações atingidas pela onda gigante, sem previsão de retoma das operações, como reporta para a Epson Atmix Corporation em Hachinohe.
A fabricante sofreu ainda impacto directo do terramoto que precedeu o tsunami, que a obrigou a suspender operações na fábrica em Minami-Soma, onde os dois edifícios sofreram sérios danos. Para além disso, estas instalações estão próximas da central nuclear cuja área foi sujeita a evacuação pelo que não podem funcionar.
A tecnológica tem ainda mais duas localizações afectadas pelos cortes energéticos que seguiram o terramoto, embora em nenhuma destas tenha a registar prejuízos materiais significativos, ou danos humanos.
A Epson, que doou 100 milhões de ienes para ajudar as vítimas do terramoto, não comenta para já as possíveis consequências da catástrofe ao nível dos preços dos produtos ou da capacidade para manter os ritmos normais de abastecimento dos mercados.
Com danos a registar está ainda a Panasonic, que sofreu danos materiais e humanos, como a queda de um telhado de uma das fábricas, que acabou por ferir alguns funcionários.
Segundo a imprensa internacional, à mesma lista juntam-se Sanyo e Sharp, também com fortes danos.
Um balanço mais positivo faz a Fujitsu, que apenas conta "ligeiros danos" nos edifícios e no sistema eléctrico das suas instalações. Quando o TeK falou com a fabricante, a única informação oficial disponível indicava que a empresa ainda estava a analisar em que medida a catástrofe iria afectar o funcionamento normal das suas operações.
Pouca informação dá também a Toshiba, que comunicou apenas estar a colaborar com as medidas de cortes controlados de energia definidas pela empresa eléctrica do país, reduzindo o uso de energia eléctrica nas suas instalações.
“A Toshiba encerrou hoje todas as instalações em áreas com cortes de energia previstos, assim como a sua sede e operações de negócio relacionadas com os serviços essenciais”, comunicava a empresa durante o fim-de-semana.
Dados publicados pela C|Net indicam que as fábricas japonesas produziram no ano passado 216 mil milhões de dólares de produtos electrónicos, número que ilustra a importância do sector na economia japonesa e a nível mundial. O valor representa 16,5 por cento da facturação mundial de electrónica de consumo.
A generalidade das empresas contactadas pelo TeK não prestou, para já, comentários relativamente ao impacto que o terramoto pode vir a ter no curso normal das suas operações ao longo dos próximos meses, remetendo mais esclarecimentos para mais tarde.
Apenas a Nintendo, que não registou danos humanos ou materiais em nenhuma das suas instalações, assegura já que as operações não foram afectadas. O diagnóstico também vale para o fornecimento de produtos, “pelo que não será de esperar que Portugal seja afectado em nenhuma forma”, explica fonte oficial da empresa em Portugal.
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