A CeBIT até pode estar a perder protagonismo na área do consumo, mas para o segmento empresarial continua a ser um espaço importante para a promoção de produtos e serviços, um estatuto também defendido pelas tecnológicas portuguesas que este ano reservaram "espaço próprio" na feira alemã.

"Repetentes" e "estreantes" mostram-se satisfeitos com a aposta feita na participação na edição 2011 da CeBIT, e tanto uns como outros prometem regressar a Hannover.

"A CeBIT em 2011 está mais ou menos como 2010 em termos de participação, quer de expositores como de visitantes. Já não é claramente como nos tempos áureos, mas para nós até penso que seja bem melhor assim, essencialmente porque os contactos actualmente sendo efectivamente menos, são de muito melhor qualidade", refere Raul Oliveira.

O responsável pela IPBrick, que participa pela sexta vez na feira, considera que quem viaja hoje para a CeBIT tem mais recursos e está, de facto, à procura de soluções inovadoras e alternativas. "As soluções mais conhecidas não precisam de deslocações à CeBIT, está tudo na Internet acerca delas".

[caption]Stand IPBrick[/caption]

Jorge Serrano Pinto, da Softi9, igualmente repetente nas "visitas" a Hannover, também faz uma avaliação positiva da edição 2011 da feira, considerando mesmo que, "ao contrário do ano passado", houve uma maior aposta por parte da organização em reorientar e investir na exposição, o que fez com que o focus de quem a visita a tenha melhorado.

"Na nossa área de negócio mantiveram o número de pavilhões, embora lhes tenham reduzido a área, para evitar a grande dispersão espacial que ocorreu em 2010. Ao terem concentrado os expositores, aumentaram o fluxo de visitantes, comparativamente ao ano passado".

[caption]Stand Construlink[/caption]

A estreante Construlink também se mostra agradada com os resultados obtidos durante a feira. "O balanço da presença da Construlink na CeBIT é muito positivo, o stand teve muita afluência por entidades públicas e privadas, muita procura de informação sobre a nova solução Procurement, muitos visitantes de outros países", referiu Pedro Paulo, CEO, ao TeK.

O regresso na próxima edição está por isso prometido. "Continuamos a acreditar que esta feira é o maior evento europeu do género para a área das Tecnologias da Informação e da Comunicação e uma importante plataforma de networking que atrai os CIOs das empresas e organizações do todo o mundo", salienta Pedro Paulo. "Os contactos angariados, as empresas interessadas em estabelecer parcerias, a divulgação e reconhecimento do produto e da marca foram imperativos para voltarmos a quer estar presentes".

[caption]Stand Construlink[/caption]

A ideia de voltar em 2012 é igualmente partilhada pela Softi9 e pela IPBrick. "Atingimos claramente os nossos objectivos e é certo que vamos regressar. Até porque a maioria do nosso negócio internacional teve origem em CeBITs anteriores", justifica Raul Oliveira.