A Nokia apresentou esta manhã resultados financeiros relativos aos três primeiros meses de 2012. Entre janeiro e março as vendas da empresa caíram 29% para os 7,3 mil milhões de euros. No mesmo período os resultados operacionais, em termos homólogos, passaram de 439 milhões de euros para perdas de 1,3 mil milhões de euros, refletindo custos de reestruturação, nomeadamente ao nível da Nokia Siemens.



Na principal área de negócio - dispositivos e serviços - as vendas da fabricante finlandesa caíram 40% para 4,2 mil milhões de euros. As vendas de telemóveis convencionais continuam a gerar mais valor que os smartphones no negócio da Nokia, embora em ambos os segmentos as vendas da empresa tenham caído fortemente.



Nos smartphones a Nokia acumulou vendas de 1,7 mil milhões de euros, menos 52% que no mesmo período do ano passado. Já nos telemóveis as vendas fixaram-se nos 2,3 mil milhões de euros, menos 32% que no período homólogo. Num e noutro segmento a empresa vendeu entre janeiro e março 82,7 milhões de terminais, menos 24% que há um ano atrás.



Em todas as regiões do globo onde está presente as vendas da Nokia caíram no primeiro trimestre. O tombo maior aconteceu na China, onde as vendas da fabricante caíram 70%, para os 577 milhões de euros, para um total de 9,2 milhões de equipamentos comercializados.



No relatório de divulgação dos resultados a Nokia explica que a sua performance no trimestre foi prejudicada por uma concorrência, "maior que o esperado" e pelos efeitos de sazonalidade habituais do mercado.



No primeiro trimestre a linha Lumia marcou uma das principais apostas da Nokia, que no segmento dos smartphones aposta agora tudo na parceria com a Microsoft. No segundo trimestre do ano a empresa segue a mesma linha, mantendo também a aposta nos produtos mais baratos, materializada na linha Asha. A empresa também admite mais cortes no segundo trimestre para melhorar os resultados.



"Estamos a atravessar um período de transição no grupo numa altura em que o ambiente na própria indústria continua a evoluir e a mudar rapidamente", defende Stephen Elop, CEO da Nokia. "Durante o ano passado fizemos progressos na nossa nova estratégia, mas também enfrentámos desafios ao nível da concorrência maiores que o esperado", acrescenta.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira