Considerado um investimento elevado e de risco pelos operadores e fornecedores de conteúdos, a Televisão Digital Terrestre está na agenda dos principais players de mercado, mas há ainda muitas questões a considerar, que vão do modelo de licenciamento ao próprio modelo de negócio de comercialização da oferta e de publicidade.

A discussão na sessão dedicada aos “Grandes desafios para a TDT em Portugal”, no 17º Congresso da APDC, alinhou visões de Zeinal Bava, vice-presidente da PT e de Luís Reis, CEO da Sonaecom mas também representante da associação de operadores, a Apritel. Também do lado dos conteúdos existiu sintonia entre Francisco Maria Balsemão, da Impresa, e Manuel Polanco da Media Capital, embora com alguns pontos de divergência em relação aos operadores.

Zeinal Bava defendeu mais uma vez a necessidade de convergência multiplataforma, opondo-se à ideia da TDT ser um fim em si. “A TDT só por si é uma oferta muito pobre”, sublinha, acrescentando que “o cliente quer cada vez mais uma oferta simples com uma única factura, minutos de comunicações competitivos e Internet”, isto englobado numa oferta de 100 canais, 100 Mbps de velocidade, canais a la carte e serviço de voz flat rate.

“O concurso chega muito tarde, não só por causa do shutdow em 2012 mas também por causa do sucesso da TV Cabo que tem 80% do mercado de televisão paga”, admite Zeinal Bava. No entanto a PT está disposta a investir. “A PT tem uma estratégia clara e assumimos que a TDT pode interessar ou não, mas é importante uma estratégia multiplatafora. Se a TDT não estiver aliada a mais Internet, mais velocidade, tráfego e tarifários de voz flat os operadores vão perder competitividade”, garante.

Também Luís Reis acredita nesta convergência, mas afirma que “deve ser tomada em consideração a oportunidade de vários operadores de terem uma estratégia multiplataforma.



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