No final do primeiro semestre existiam em Portugal 174 mil assinantes de serviços de banda larga móvel. O número foi revelado hoje pela Anacom no fórum Observar a Sociedade da Informação em Portugal - Estado da Arte.



O acesso à banda larga através da rede móvel não á ainda um indicador contabilizado pelo regulador nas suas análises trimestrais, embora seja já do conhecimento público que esta é uma área que passará a ser coberta em breve.



Por agora, essa informação é apenas contabilizada com tráfego de dados, não discriminado, na rede móvel. Com esta avaliação para o primeiro semestre do ano o regulador procurou perceber o impacto deste canal de acesso à banda larga na penetração da tecnologia em Portugal.



Os números revelam que 1,6 por cento em cada 100 habitantes usam esta forma de acesso à banda larga, o que se traduz numa quota de 14,4 por cento no total de utilizadores de banda larga, explicou Tiago Lopes, representante do regulador no encontro.



Recorde-se que no final do primeiro semestre existiam em Portugal 1,331 milhões de utilizadores de banda larga com acessos de telefonia fixa ou cabo, um número que face ao anterior período de contagem (o primeiro trimestre do ano), representava uma adição de 58 mil clientes.



A breve prazo a Anacom tem também intenção de começar a recolher dados junto dos prestadores de VoIP nómadas, revelou o mesmo responsável.



Entre os dados fornecidos pela Anacom para integrar a publicação hoje apresentada "A Sociedade da Informação em Portugal - 2006" destacam-se uma redução significativa do número de acessos à Internet através de ligações dial up e dos acessos fixos de telefone de um modo geral.



No documento, que analisa a realidade do sector entre 2001 e o final do primeiro trimestre de 2006 num dos seus capítulos, é também sublinhado o aumento continuado do tráfego móvel em todas as suas componentes e a substituição progressiva das chamadas fixo-móvel para chamadas móvel-móvel, que explica as quebras na utilização da rede fixa.



Uma tendência mais recente (do primeiro semestre de 2006) revela pela primeira vez uma estabilização do número de assinantes de cabo (no final do período 1.400 mil), dados já publicados pelo regulador e também patentes nos resultados da Portugal Telecom, líder de mercado na televisão por subscrição.



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