A AMS, American Management Systems, empresa de consultoria internacional na área das Tecnologias de Informação, acaba de revelar que mais de 40 por cento dos fornecedores de conteúdos não acreditam que os operadores móveis tenham actualmente as condições para distribuir serviços de dados móveis com eficácia.

O relatório "Delivering Mobile Data: Challenges for European Operators and Content Providers", realizado na Europa, conclui que o maior desafio dos operadores europeus é superar a sua incapacidade para disponibilizar conteúdos de forma rápida e eficiente e ganhar a confiança de um terço dos fornecedores que afirmam que os acordos com os primeiros representam um desafio significativo.

Outra das novidades deste relatório é a sua conclusão de que, na prática, não se verifica o mito da luta pelo cliente entre fornecedores e operadores. Em vez disso, o mesmo conclui que os fornecedores esperam partilhar a responsabilidade de trazer os serviços de dados para o mercado em parceria com os operadores.

Assim, as empresas que desenvolvem conteúdos esperam que os operadores forneçam o apoio financeiro para as actividades de marketing e invistam também no desenvolvimento de produtos - concluindo que, para o utilizador final, a marca é menos importante para sua relevância, apresentação e garantia de entrega.

Do outro lado da balança, os operadores europeus revelam incerteza em relação ao mercado para serviços de dados móveis, nomeadamente quanto àqueles que poderão ser mais atractivos para os clientes. Quanto às suas principais preocupações a este nível destacam-se a necessidade de "realizar os investimentos correctos nos conteúdos certos" e "como engendrar uma procura e fazer com que os clientes utilizem os serviços".

De acordo com Brian Marshall, vice-presidente da AMS, a conclusão deste relatório é a de que "os serviços de dados móveis representam um mundo totalmente novo, que ninguém conhece muito bem. O nosso estudo sugere que os operadores consideram difícil antever os novos produtos que vão ser mais utilizados, mas, na verdade, isso é difícil para todos”.

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