Depois da Oni, Portugal Telecom, Sonaecom e Zon terem assinado em Janeiro o protocolo para investimento em Redes de Nova Geração com o Governo, a DSTelecom é o mais recente membro do grupo ao qual se tinha juntado há algumas semanas a Cored.

Através deste protocolo a empresa do Grupo DST compromete-se agora a investir 400 milhões de euros a 5 anos, um valor que já inclui os investimentos realizados nas redes de Alto Minho e Vale do Douro (integradas no projecto de Redes Comunitárias), e no Porto, onde está previsto um investimento de 81 milhões de euros em cinco anos, como o TeK já tinha escrito.

José Teixeira, CEO do Grupo DST, salientou durante a assinatura do protocolo que o modelo que a empresa desenvolveu tem mais valias na implementação no terreno. A DSTelecom vai funcionar como operador de operadores, criando parcerias público-privadas com as câmaras municipais e revendendo a utilização da infra-estrutura a outros operadores de telecomunicações que comercializarão o serviço junto dos clientes.

"O investimento nas redes de nova geração tem efeitos imediatos na ignição da recuperação económica portuguesa", defende o CEO do Grupo DST explicando a aposta da empresa nesta área apesar do grupo ter estado até há dois anos focado na área da construção.

Começando pelo investimento nas redes comunitárias de Alto Minho e Vale do Douro, a empresa continuou a investir neste modelo de negócio, tendo anunciado recentemente a criação da rede na área metropolitana do Porto, também em parceria com a Câmara Municipal. O modelo é sempre de dar a maioria à câmara municipal (51%), mantendo a DST 49% do projecto e realizando todo o investimento. O município só começa a ser remunerado quando estiver assegurado o Retorno do Investimento.

Os 400 milhões de euros previstos de investimento servirão para cobrir 50 municípios, não obrigatoriamente da região norte, chegando a 30% da população portuguesa. José Teixeira explicou à margem da conferência que este é o valor previsto mas que ainda estão a concorrer a vários municípios.

A assinatura do protocolo abre também portas ao financiamento do projecto por parte do Banco Europeu de Investimento, através do protocolo assinado em Janeiro com o Governo português, embora não seja uma garantia já que um sindicato bancário que será anunciado em breve irá avaliar os diferentes projectos.