A consultora Analysys, especializada no mercado de telecomunicações e tecnologias, mostra num relatório recentemente publicado que o crescimento de hotspots na Europa e nos Estados Unidos continuará a ser acentuado nos próximos anos. De acordo com este estudo, até 2007 o número de pontos de acesso público à Internet através da tecnologia sem fios Wi-Fi poderá ultrapassar os 30 mil só na Europa Ocidental, noticia a publicação online Celular News.



Segundo esta consultora, o crescimento de hotspots está a ser dinamizado por utilizadores que fazem muitas viagens de negócios, que necessitam de acessos à Internet fáceis de configurar e disponíveis nos principais locais públicos, como aeroportos, hotéis e centros de conferências.



A Analysys prevê também que as receitas deste negócio deverão aumentar exponencialmente até 2007, altura em que deverão atingir os 2,64 mil milhões de dólares na Europa Ocidental e os 2,8 mil milhões de dólares nos Estados Unidos. A consultora recorda que no ano de 2002 as receitas geradas por estes pontos de acesso na Europa se cifraram em 10,9 milhões de dólares.



Em termos de números de pontos públicos de acesso à Internet a Analysys calcula que a Europa deverá possuir mais de 30 mil hotspots em 2007, crescendo dos actuais 1.400 existentes no final de 2002. Nos Estados Unidos, a Analysys indica que o número de pontos de acesso em 2007 será inferior ao da Europa, cifrando-se nos 27 mil, isto apesar de no final de 2002 se situarem nos 3.400.



Os responsáveis pelo estudo indicam ainda que o interesse demonstrado pelos operadores de telecomunicações no mercado das redes Wi-Fi como um complemento às tecnologias agora existentes poderá ajudar ao crescimento do número de hotspots.



Como grande entrave ao desenvolvimento dos pontos de acesso público à Internet está a falta de um modelo de negócio, conclui ainda a Analysys. A consultora identificou cinco tipos de abordagem, a mais comum das quais envolvem o proprietário do local e o operados agindo como principais intervenientes da cadeia de valor dos hotspots.



A consultora estima que até 2007 o mercado de hotspots seja dominado por operadores fixos e móveis na Europa, que complementam com estes serviços a oferta de conectividade já existentes. DE forma diferentes, o mercado norte-americano terá uma cadeia de valor não integrada com fornecedores de serviços que não mantêm controle exclusivo da infra-estrutura.

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