Os lares e pequenas e médias empresas (PMEs) europeus estão cada vez mais
receptivos à mudança para plataformas de acesso à Internet em banda larga,
como o ADSL ou
cabo, indica um estudo independente da Comissão
Europeia.



Em 2005, metade das ligações domésticas e empresarias à Rede serão
através de ADSL ou cabo. Mas embora o estudo indique que estas tecnologias
serão líderes do acesso à Internet de alta velocidade, salienta que vão
existir vários factores a influenciar o desenvolvimento da banda larga em
cada um dos estados-membros.



A velocidade do acesso em banda larga escolhida nos lares e PMEs
europeias vai depender de múltiplos factores. O estudo afirma, por exemplo,
que a procura por um acesso mais rápido será maior nos estados-membros onde
a Internet é mais popular e sugere que a competição entre os fornecedores de
ADSL dará origem a pacotes mais atractivos tanto para os consumidores
individuais como empresariais e que o "arranque" da banda larga será mais
rápido naqueles países que o foram a liberalizar o mercado das
telecomunicações.



Segundo a Comissão Europeia, o desenvolvimento das soluções de banda
larga será mais rápido e terá preços mais atractivos nos estados-membros com
o maior nível de competição directa entre as duas plataformas.



Comparando a taxa de penetração da banda larga nos lares europeus,
norte-americanos e japoneses, a Comissão conclui que os EUA estão
actualmente à frente da União Europeia e Japão no que diz respeito ao
desenvolvimento da banda larga. Uma liderança que se deverá manter ainda por
três a cinco anos.



No Japão o desenvolvimento do cabo digital e do ASDL está em
situação equivalente à verificada na UE, com uma taxa de penetração de 2,6
por cento para estes tipos de acesso à Internet, comparada aos 2,7 por cento
na Europa (onde 1,6 por cento diz respeito ao cabo e 1,1 por cento ao ADSL).
Como se mencionou, os EUA lideram, com 4,3 por cento.



O estudo salienta que apesar da prevista popularidade destas
tecnologias de acesso à Internet, ambas serão soluções transitórias uma vez
que nenhuma tem a capacidade para fazer frente às futuras necessidades do
multimédia.



Segundo a Comissão Europeia, o futuro do acesso à Internet estará na
tecnologia de fibra óptica, que possibilita uma largura de banda quase ilimitada,afirmando que a mesma poderá contabilizar 30 por cento de todas as ligações de Internet nos lares e PMEs europeias em 2010.



Apesar de actualmente não se verificar procura por redes de fibra
óptica, tal necessidade surgirá na altura em que existirem aplicações e
conteúdos de Internet que excedam a capacidade de outras tecnologias, garante o estudo.



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