A Fundação para Computação Científica Nacional (FCCN) anunciou o seu servidor web oficial é já compatível com a tecnologia IPv6. Este é mais um passo na sequência de trabalhos que a fundação tem feito para o desenvolvimento e adaptação desta tecnologia que pretende alargar o espaço de endereçamento público, melhorar o desempenho em mobilidade e aplicações multimédia e ainda oferecer mecanismos de segurança.
Há alguns anos que a FCCN está a trabalhar na nova versão do protocolo IP, em conjunto com outros organismos europeus e seguindo as recomendações da Comissão Europeia. Nos próximos meses a FCCN deverá disponibilizar progressivamente os seus serviços externos em IPv6, recorrendo cada vez mais a esta tecnologia no contexto dos recursos disponíveis em termos de rede, explica-se em comunicado.
A rede académica nacional, a RCTS, gerida pela FCCN, já disponibiliza conectividade em IPv6 desde Abril de 2003, sendo que seis dos seus membros estão também ligados em IPv6, assim como a respectiva ligação internacional à rede pan-Europeia GEANT
Pedro Veiga, Presidente da FCCN, afirma que o protocolo IPv6 está cada vez mais a ser levado a sério ao nível da implementação. “A disponibilização de informação institucional da FCCN directamente ao mundo IPv6 significa que já se está para além da fase de experimentação, quer a nível mundial, quer na FCCN, entrando-se agora no regime de produção”, adianta em comunicado.
Através da tecnologia IPv6 a comunidade científica pretende resolver o previsível esgotamento do espaço de endereçamento público da actual versão 4 do protocolo IP (IPv4). Em comunicado a FCCN acrescenta ainda que uma vez implementado, o IPv6 permite reduzir custos, mas permitirá sobretudo que todos os cidadãos no planeta disponham de uma multiplicidade de endereços públicos.
“O IPv6 já não é um mero exercício teórico, é já uma realidade em algumas redes de dados mais avançadas (GEANT/ABILENE/SINET) e também em algumas redes comerciais, desde a Ásia, Europa e América. Ao compatibilizar o seu servidor web oficial, a FCCN assume precisamente isso, e que é um parceiro activo dessas redes ditas avançadas”, justifica Pedro Veiga.
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