Caso a fusão da Optimus com a TMN venha a concretizar-se o consumidor pode ser penalizado com aumentos nos preços das chamadas que podem chegar aos de 3,8 por cento. Os aumentos de preço resultam sobretudo do ganho de quota obtido por via da fusão.



Para a nova companhia as vantagens são maiores com estimativas de ganhos na ordem dos 7 mil milhões de euros e uma subida da margem de lucro média na ordem dos 11,6 por cento.



As conclusões são de um estudo da Anacom e da Faculdade de Ciência e Tecnologia, realizado por três professores e apresentado numa conferência que decorreu ao longo da semana passada, cita o Expresso.



"O aumento do preço previsto das chamadas móveis irá transferir por ano dos consumidores para o operador 107 milhões de euros", escreve o jornal. Os responsáveis pelo estudo adiantaram ainda que serão possíveis apurar sinergias na ordem dos 254 milhões de euros ano.



Já esta segunda feira, o Jornal de Negócios divulga que a Anacom considera a venda da Optimus o melhor remédio para repor a situação de concorrência no móvel, caso a OPA avance mesmo.



A posição terá sido transmitida à Autoridade da Concorrência, tal como os resultados do estudo, juntamente com as preocupações relativamente a uma utilização eficiente do espectro radioeléctrico - depois da operação de aquisição - e à manutenção do "nível de contestabilidade do mercado de comunicações móveis".



De acordo com o jornal, a Anacom contesta ainda o poder da Autoridade da Concorrência para decidir sobre a separação das redes de cabo e cobre e das redes retalhista e grossista, avisando que uma separação vertical pode conduzir ao aumento de preços.




Nota de Redacção: [2006-10-10 17:] A Anacom fez saber, em comunicado de imprensa, que o estudo ''Prices and Price-cost Margins of Mobile Services'', citado pelo Expresso, "não aborda nenhum elemento da operação de concentração entre a SONAECOM e a PT, nomeadamente a fusão entre a OPTIMUS e a TMN. Nenhuma conclusão sobre esta operação pode ser retirada do referido estudo".



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