A Portugal Telecom pediu a revogação da licença que lhe permitia avançar com uma oferta de canais pagos de Televisão Digital Terrestre. O serviço deveria avançar até dia 31 de Janeiro, mas a empresa defende que já não estão reunidas as condições para o seu lançamento, como explica numa nota ao regulador do mercado. Os atrasos provocados pela providência cautelar imposta pela concorrente derrotada em concurso, a AirPlus TV, descontente com os resultados do procedimento, será uma das razões apontadas pela empresa, para quem o processo comprometeu a janela de oportunidade para o lançamento do serviço.

Durante este período a empresa reforçou investimentos na fibra e ajudou a construir aquela que é mais uma entre várias alternativas à TDT, mais interessantes para o consumidor, porque reúnem um maior potencial no que toca à oferta, de canais e serviços. Para além da fibra, a TDT paga concorre com os serviços de cabo e com os serviços de IPTV.

Na edição de hoje o Jornal de Negócios avança com a possibilidade do espectro entregue pela PT ao regulador, se este aceitar, poder vir a ser redistribuído pelos operadores de televisão, que dessa forma teriam capacidade para oferecer serviços de alta-definição na plataforma de acesso gratuito, também gerida pela Portugal Telecom.

De acordo com o jornal, tiveram lugar na passada semana reuniões informais com o regulador, onde os três grupos de televisão partilharam as suas posições sobre o tema.

Recorde-se que a alta definição na TDT gratuita, já disponível, estava apenas prevista para um quinto canal, que morreu à nascença quando as duas propostas que chegaram a concurso foram recusadas pelos reguladores. Segundo o diário, permitir que esse espectro seja usado pelos operadores para introduzir alta-definição nos canais generalistas quando acedidos pela TDT será um incentivo para a utilização do serviço.

O concurso para a TDT que deu a vitória à PT, nas vertentes de serviço pago e gratuito, é já o segundo realizado em Portugal. O primeiro conheceu o mesmo desfecho em 2003, por proposta do regulador, que propôs a revogação da licença por considerar que não estavam reunidas as condições para fazer avançar o serviço.

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