A Nokia anunciou um acordo com a Honor relacionada com o licenciamento cruzado de patentes relacionadas com o 5G. O acordo cobre as invenções fundamentais sobre o 5G que ambas as empresas registem, assim como outras tecnologias celulares. Os detalhes dos termos do acordo mantêm-se confidenciais entre as empresas, referiu a Nokia no comunicado.

Segundo a responsável pelo licenciado de equipamentos mobile da Nokia, Susanna Martikainen, a parceria com a Honor é a quarto grande acordo realizado nos últimos 12 meses pela empresa. Neste caso, a Honor é atualmente uma das líderes do mercado chinês de smartphones. Salienta ainda que o acordo “destaca mais uma vez a força do portfólio de patentes da Nokia e de décadas a contribuir para a normalização das redes de celular e outras tecnologias”.

Do lado da Honor, o responsável pelas propriedades intelectuais, Wenyu Zhou, afirma que a empresa, como responsável por patentes de 5G e respetiva implementação, respeita todos os direitos de propriedade intelectual. E que a Honor acredita que um valor razoável de uma propriedade intelectual é importante para o desenvolvimento da indústria mobile. A conclusão do acordo de licenciamento cruzado de patentes salienta o compromisso da empresa chinesa na inovação para todos, lê-se nas declarações do executivo.

A tecnológica finlandesa afirma ter um portfólio de patentes construída com um investimento de 140 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento desde 2000. Tem cerca de 20 mil famílias de patentes, das quais 6.000 relacionadas com o 5G. A Nokia pretende continuar a contribuir com as suas invenções a normalizações abertas através do licenciamento justo, acessível e não-discriminatório.

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Destaca ainda que as empresas podem licenciar e usar estas tecnologias sem a necessidade de fazer investimentos substanciais, alimentando a inovação e desenvolvendo novos produtos e serviços para os consumidores. De recordar que a Nokia ganhou em tribunal questões legais sobre infrações de patentes contra empresas como a Oppo/OnePlus que foram proibidas de vender smartphones na Alemanha e França. Assim como a Vivo que teve de retirar os seus equipamentos na Alemanha.