Os responsáveis das operadoras espanholas de serviços de telecomunicações móveis explicaram ontem perante o Congresso dos Deputados - a câmara baixa do Parlamento de Espanha - que estas companhias apenas puderam instalar, em 2001, 42,5 por cento das antenas previstas nos seus planos de implementação da nova rede equipada com tecnologia UMTS, informou o Expansión Directo.



Este problema resulta da situação de bloqueio desencadeada pelo alarme social devido aos supostos efeitos nocivos para a saúde das antenas de redes de telecomunicações móveis.



Deste modo, Javier Aguilera, John de Wit e Belarmino García, conselheiros delegados da Telefónica Móviles, Vodafone e Amena, respectivamente, alertaram ontem diante da Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso dos Deputados que se mantiverem os obstáculos à instalação das antenas, “os níveis de qualidade e cobertura" do território dos serviços de telefonia móvel poderão correr perigo e será muito difícil cumprir os compromissos assumidos com o governo no que toca à implementação da nova rede de tecnologia UMTS.



Estima-se que, entre os projectos suspensos e as antenas que sofreram danos devidos a atitudes de vandalismo supostamente provocadas pelas notícias divulgadas na comunicação social, tenham sido afectadas mais de duas mil instalações das operadoras.



Ao mesmo tempo, a Amena anunciou também novos serviços online via telemóvel. A partir de agora, o serviço de chat desta operadora vai passar a incluir a função de localização, permitindo que os seus clientes saibam a que distância se encontram os utilizadores mais próximos, mediante a autorização destes últimos.


Notícias Relacionadas:

2002-03-14 - Operadoras móveis espanholas verificam níveis de radiação emitidos pelas suas antenas

2002-01-15 - Decreto determina que operadores móveis espanhóis têm que reduzir emissão de radiações

2001-12-29 - Sentença judicial obriga a desmantelar parque de antenas devido a radiações

2001-08-29 - Quercus alerta para os perigos das antenas UMTS