Apesar da Internet ser o principal veículo para a difusão de imagens ou de vídeos que envolvem pornografia online, outras plataformas começam a ser utilizadas para a divulgação deste tipo de conteúdos.



As cada vez mais avançadas capacidades dos telemóveis, as ligações de banda larga que estes já permitem usufruir, entre outras características, são alguns dos factores que fazem dos pequenos dispositivos utilizados quotidianamente um canal "seguro" para pedófilos e outros criminosos que fazem tráfico de crianças.



A pensar nesta tendência, a GSM Association decidiu lançar a Mobile Alliance against Child Sexual Abuse Content, uma iniciativa que tem como objectivo impedir a utilização dos equipamentos móveis como ferramenta para a difusão de conteúdos que envolvam a exploração sexual de menores.



Para esta causa, anunciada na World Mobile Congress, a GSMA conta com os aliados Hutchison 3G Europe, mobilkom Áustria, Orange FT Group, Telecom Italia, Telefonica/02, Telenor Group, TeliaSonera, T-Mobile Group, Vodafone Group e dotMobi, que como fundadores da aliança esforçar-se-ão para implementar mecanismos técnicos que previnam o acesso a sites identificados por como inapropriados autoridades e agências competentes.



Todos os membros vão ainda implementar serviços de denúncia para os casos em que for detectada a divulgação de conteúdos ilícitos na Internet ou em serviços móveis para que estes possam ser bloqueados e retirados da rede.



Para evitar acusações de censura, a GSMA pede o apoio de todos os governos mundiais para que estes forneçam a estrutura legal que dê cobertura aos operadores nesta iniciativa, evitando que estes sejam acusados de bloquear informação.



A comissária europeia Viviane Reding, presente na World Mobile Congress, afirmou que a Comissão Europeia vai reforçar a sua estratégia encorajando a cooperação com a Interpol e a Europol.



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