Apesar da liberalização do sector das telecomunicações, os novos operadores continuam sem se destacar em relação ao incumbente, segundo os dados de um estudo da empresa de estudos de mercado e consultoria Data E, divulgado hoje pelo Jornal Público. O relatório abarca o último trimestre na área das telecomunicações e destaca que a Jazztel é desde o início do ano de 2000 o operador alternativo à Portugal Telecom (PT) para as empresas. O operador histórico continua, no entanto, a obter uma percentagem de 95,7 por cento de utilização no sector empresarial.



Os clientes empresariais – que utilizam serviços de mais do que um operador fixo, pelo que os números indicados correspondem a alguma sobreposição – são quem mais recorre aos serviços da Jazztel, embora no último trimestre a Novis tenha ultrapassado este operador neste segmento. Durante a segunda metade do ano passado a Jazztel, com 6,3 por cento de quota de mercado, garantiu o primeiro lugar como alternativa. De acordo com o estudo referido, a Novis obteve o valor percentual de 6,5 por cento e a Oni 5,5 por cento, enquanto a Vodafone conseguiu apenas três por cento.



Mesmo passados dois anos do início do processo de liberalização do mercado, o operador de rede fixa mais utilizado pelas empresas portuguesas continua a ser o incumbente que consegue 88,2 por cento de quota de mercado. Em relação às percentagens alcançadas pelos novos operadores a Novis obtém 3,9 por cento, a Jazztel 3,4 por cento, a Oni 2,8 por cento e, por último, a Vodafone 1,2 por cento.



Já nos acessos indirectos, ou seja, aqueles que utilizam a linha da PT mas encaminham serviços através de outros operadores, as novas empresas de telecomunicações alcançam na sua totalidade cerca de 20 por cento, mais do que nos acesso directos.



Apesar de não disponibilizar dados, o Público refere que a Oni surge, eventualmente, em primeiro lugar no volume de tráfego total de voz residencial e empresarial. Adianta ainda que, de acordo com declarações desta empresa, esta gerou no final do terceiro trimestre do ano passado 40 por cento dos minutos de chamadas contabilizados pela autoridade reguladora do sector Anacom. Aos novos operadores couberam no final do terceiro trimestre de 2001 apenas 8,1 por cento das ligações contabilizadas em minutos.



Em relação às conclusões apresentadas pelo estudo da Data E, o diário refere que a Oni continua na terceira posição no mercado empresarial, embora o operador lidere o mercado das grandes empresas.



Para este estudo trimestral a Data E, que pertence ao grupo Marktest, realiza inquéritos telefónicos a 450 empresas a cada trimestre, em média, representando todos os sectores de actividade menos o agrícola e o das telecomunicações.



Os últimos números oficiais conhecidos sobre o mercado das Telecomunicações foram divulgados pelo ICP - Instituto das Comunicações de Portugal, que agora se designa ANACOM, em Outubro do ano passado e eram referentes ao terceiro trimestre de 2001.



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