A PT Wi-Fi e a Vodafone são os dois únicos operadores que para já estão a explorar a infra-estrutura de rede Wi-Fi criada no final do ano passado no espaço do Parque das Nações. Os contratos da Paque Expo com as operadoras não foram ainda formalizados mas existe um acordo de princípio que está a garantir a oferta de serviços comerciais depois de terminado em Maio o período experimental que permitia o acesso gratuito à Internet através desta tecnologia.



António Ferreira, responsável na Parque Expo pela gestão da infra-estrutura, explicou ao TeK que o modelo de negócio pelo qual a entidade gestora do espaço do Parque das Nações optou pretende que todas as operadoras de telecomunicações interessadas possam usar a rede instalada e oferecer serviços comerciais. No âmbito dos contratos que estão a ser definidos e que devem ser assinados até final de Julho, os operadores têm apenas de pagar à Parque Expo pela utilização da rede, instalando também um circuito que assegure a ligação entre o sistema local e a sua própria rede.



Foram contactados mais de uma dezena de operadores para sondar o seu interesse em utilizar este enorme Hotspot criado no Parque das Nações, mas até agora apenas a Vodafone e a PT Wi-Fi avançaram. A Vodafone começou a oferecer os seus serviços logo a 16 de Maio, enquanto a PT Wi-Fi começou mais tarde, só na segunda semana de Junho.



O responsável da Parque Expo acredita porém que a estes dois operadores se juntarão em breve outros. Esta aparente falta de interesse está relacionada "com a conjuntura do mercado e o posicionamento estratégico de cada um deles", esclarece António Ferreira. A Parque Expo continua a assegurar a manutenção da rede e a sua monitorização, através de um contrato com a Convex, e o custo fixo desta manutenção é depois dividido entre todos os operadores que assinarem contratos para a exploração da rede, reduzindo quase a zero o investimento inicial necessário.


Seis meses de utilização gratuita
O lançamento em Novembro da rede Wi-Fi no Parque das Nações permitiu aos utilizadores daquele espaço em Lisboa usufruir de seis meses de utilização gratuita para aceder à Internet através desta tecnologia sem fios. Segundo os dados de António Ferreira, os utilizadores corresponderam positivamente com o seu interesse, tendo sido registadas cerca de 7.500 sessões neste espaço de tempo.



Pelo facto da utilização ser gratuita e pretender ser tão simples quanto possível, não foram identificados os utilizadores únicos, pelo que esses números não são conhecidos. Ainda assim, António Ferreira garante que a utilização da rede esteve acima das expectativas, até porque as condições climatéricas em Dezembro e Janeiro não foram muito favoráveis à utilização de computadores nos espaços abertos do Parque, zona de lazer privilegiada em Lisboa.



Durante estes primeiros seis meses não foram feitas alterações na rede, mantendo-se a cobertura quase integral dos cerca de 100 hectares do Parque das Nações e também dos Pavilhões existentes naquele espaço e da Gare do Oriente, assim como de algumas zonas residenciais. A Parque Expo procedeu apenas ao upgrade da norma utilizada para o 811.02g, com débitos de 54 Mbits, e o ajustamento de algumas antenas para melhor cobertura.

Actualmente a Parque Expo está em fase de definição da segunda fase deste projecto, que pretende disponibilizar quiosques para acesso à Internet a quem não possua ou não transporte o seu PC ou PDA. Os responsáveis estão a escolher os melhores sítios para a localização para garantir as melhores ligações e também a facilidade de acesso nos locais de maior fluxo de visitantes.


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