A Portugal Telecom está a preparar a união da operação fixa, explorada pela PT Comunicações, e da operação móvel, assegurada pela TMN, revela a edição de hoje do Jornal de Negócios. De acordo com o diário, a operadora liderada por Henrique Granadeiro entrega nos próximos dias ao ministro das obras públicas, transportes e comunicações, Mário Lino, uma carta dando conta da intenção do grupo em criar uma nova empresa, a PT Portugal, que unirá as duas áreas de negócio e que até já terá nome registado.




A avançar, a PT Portugal concentra numa única Comissão Executiva a gestão dos dois activos e dos quase 10 milhões de clientes e nove mil trabalhadores existentes nas duas operações. Recorde-se que a TMN conta já com pouco mais de 5 milhões de clientes, mais que a PT Comunicações com 4,4 milhões de clientes.




Com esta união a PT estaria a acelerar os planos de convergência fixo/móvel que várias congéneres europeias têm também já em marcha. A espanhola Telefónica é uma delas, também citada pelo jornal, mas há outras como a British Telecom que já passou do piloto à oferta comercial. O Bluephone do incumbente inglês permite que o cliente use sempre o mesmo equipamento para falar dentro ou fora de casa. A rede mais adequada é escolhida sem a sua intervenção pela tecnologia subjacente aos equipamentos.




A PT também estará a testar uma solução idêntica junto de dois clientes empresariais. Segundo o Jornal de Negócios o novo semanário Sol e a sociedade de advogados PLMJ.




Com a decisão da Autoridade da Concorrência relativamente à OPA da Sonae sobre a PT prestes a ser conhecida, o diário avança ainda que este organismo regulador irá impor à Sonae a venda de uma das redes fixas, que preferencialmente será a rede de cobre.




Isto resulta da análise efectuada onde se percebe o forte poder da PT Comunicações em vários dos 40 mercados analisados pela AdC. Em 13 destes mercados a empresa terá posição dominante.

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