A Portugal Telecom está disponível para reforçar a cobertura da Televisão Digital Terrestre em algumas sedes de concelho, com vista a reduzir a percentagem de utilizadores obrigados a aceder por satélite ao serviço.

A garantia foi dada ontem pelo administrador da ANACOM Eduardo Cardadeiro, salientando porém que a empresa "está neste momento a cobrir as obrigações de cobertura do território nacional", citado pelo Correio da Manhã.

Não obstante, "irá reforçar a cobertura de TDT nas sedes de concelho com menor cobertura, sempre que haja viabilidade técnica e que a complexidade do sistema assim o permita", confirmou à Lusa fonte da operadora.

Tal será feito "gradualmente e de acordo com o calendário de switch-off (desligamento) definido", pelo que "a cobertura de TDT terrestre em Portugal passará para cerca de 93/94%", acrescentou a empresa - sem deixar de referir que tem "cumprido integralmente as responsabilidades que lhe foram conferidas no processo de implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) no que diz respeito à cobertura de 100 % da população".

A mesma posição foi defendida pelo administrador da Autoridade das Comunicações, num encontro com os jornalistas que teve lugar ontem, no Porto. Eduardo Cardadeiro tentava "desmistificar" a ideia das chamadas "zonas sombra".

"A própria expressão 'zonas sombras' dá a entender que nessas zonas não há televisão e é muito importante deixar esclarecido que 100% da população portuguesa tem acesso a televisão gratuita, digital, o que não acontecia no passado", afirmou o responsável, citado pela imprensa no local.

Já durante esta manhã, a TSF dava conta de mais um caso de consumidores enganados e levados a aderir a serviços de televisão por subscrição - desta vez da Portugal Telecom - com o pretexto da migração para a TDT.

Cerca de meia centena de habitantes da aldeia transmontana de Rego de Vida foram engandos por agentes comerciais do Meo, que lhes garantiram ser absolutamente necessário aderir ao serviço sob pena de ficarem sem televisão a partir de janeiro, relata a rádio.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes