A Tele2 prevê antecipar algumas das metas financeiras e operacionais que havia estabelecido para o mercado português em Setembro do ano passado, quando iniciou actividade a nível local. Até à data a operadora sueca angariou 140 mil clientes em Portugal, ultrapassando o objectivo estipulado para o primeiro ano de actividade que previa a obtenção de 100 mil novos clientes.



Face a este indicador, a operadora pretende agora captar a segunda posição do mercado de operadores alternativos até final do próximo ano, avançando em seguida para a liderança entre os novos operadores, revela um comunicado.



Segundo dados da Marktest, a Tele2 ocupava em Março passado o quarto lugar no ranking de operadores alternativos, uma quota que a operadora garante ter já ultrapassado com 140 mil clientes activos e que terá condições para aumentar até final do ano.



Para subir no ranking de operadores a Tele2 conta beneficiar da perda de clientes da Cabovisão (que segundo dados Marktest apresentados pela Tele2 perdeu 150 mil clientes no último ano) e da ONI.



Socorrendo-se de estudos de mercado que apuram indicadores como a notoriedade e intenções de mudança dos utilizadores de telefonia fixa, a Tele2 aponta para um mercado potencial de 170 mil clientes. A nível financeiro a operadora prevê antecipar o break even num ano, obtendo retorno dos investimentos efectuados em Portugal já em 2005.



A Tele2 opera em Portugal replicando um modelo de negócio que utiliza em vários países e que consiste no fornecimento de serviços de telecomunicações - numa fase inicial geralmente serviços voz sobre rede fixa - de forma indirecta e recorrendo à infra-estrutura do operador incumbente.



A nível global o grupo terminou 2003 com 22,3 milhões de clientes activos, que resultaram da adição 5,5 milhões de novos clientes ao longo do exercício. Já no primeiro trimestre do ano a base de clientes aumentou em 1,6 milhões de utilizadores, com os lucros a subirem 52 por cento e os resultados operacionais 20 por cento.



Para o futuro a operadora prevê alargar a oferta de telecomunicações e ver resolvidas algumas questões regulatórias que permitam tornar mais eficiente a sua operação de voz. A empresa considera que é urgente agilizar o processo de pré-selecção, referindo que Portugal se mantém entre os mais caros da Europa e apela ao fim da assinatura mensal de telefone e à introdução da factura única.



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