A Via Net.Works anunciou hoje em conferência de imprensa uma nova estratégia virada para a transformação numa operadora de comunicações mais global, adicionando os serviços de voz à oferta de dados que já mantinha para o sector empresarial. António Miguel Ferreira, Director-geral da empresa em Portugal, explica que esta é a grande viragem deste ano na estratégia da empresa, que até agora se posicionava apenas como ISP, e assegura que em 2005 a Via|Voice estará entre os três produtos com maior peso na facturação da empresa.



Desde Janeiro que a Via Net.Works tem já a funcionar a oferta de Voz com facturação integrada junto de alguns clientes, à semelhança das suas congéneres europeias, mantendo actualmente ligados através deste serviço cerca de 100 empresas. António Miguel Ferreira explica que a comunicação sobre o Via|Voice tem sido muito limitada mas que os clientes têm mostrado grande receptividade.



As expectativas para o serviço são de conseguir angariar 200 novos clientes por mês até ao final do ano, sendo a receita média por cliente na ordem dos 200 euros. Embora concorrendo com a PT Comunicações (líder incontestada do mercado), a Oni, Novis e Jazztel, a Via Net.Works quer diferenciar a sua oferta com a garantia de serviços de valor acrescentado às empresas e uma facturação única com alguma informação de gestão que poderá beneficiar as PMEs num conhecimento mais efectivo dos seus custos de telecomunicações.



"A nossa maior concorrência será inicialmente com a PT Comunicações, através de quem a maioria dos nossos clientes de dados tem actualmente os serviços de voz", adianta António Miguel Ferreira. Porém, a possibilidade de oferecer de forma integrada voz e dados permite à empresa jogar com as margens dos dois negócios para conseguir fazer ofertas mais competitivas.




Para a revenda do serviço a Via vai apostar também nos parceiros que tem a nível nacional, que vão começar a revender também o Via|Voice. António Miguel Ferreira acredita que existe actualmente no mercado alguma inércia porque as empresas têm dificuldade em aderir a um novo operador de telecomunicações, mesmo que os preço sejam muito apelativos "Se não houver confiança nos operadores os clientes não mudam e são estes revendedores locais, que têm uma relação de proximidade com os clientes, que podem garantir essa confiança".



A Via joga também com o trunfo dos tarifários, que embora sejam pouco mais baixos do que os da concorrência, podem ser negociados consoante as características de comunicação dos clientes, com a garantia, por exemplo, de tarifários especiais de ligação para Espanha fruto da operação da Via naquele país. "Este mercado Ibérico é actualmente muito interessante, até porque a Jazztel o abandonou e nós podemos ocupar este espaço", afirmou António Miguel Ferreira.

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