Depois de analisar ao pormenor o Cavalo de Tróia detectado numa versão pirateada do jogo Mosquito, para terminais equipados com sistema operativo Symbian OS, a empresa de segurança F-Secure concluiu que o vírus é afinal uma componente do programa criado pela empresa que desenvolveu o jogo para evitar a proliferação de cópias ilegais.



A F-Secure explica que o código malicioso contém parte do programa original do jogo Mosquito, avança o IBL News. "Numa primeira fase consideramos que o jogo teria sido pirateado com recurso a um qualquer programa secreto que enviava as mensagens, mas depois de uma análise mais aprofundada percebemos que se trata de parte do programa original", explica Mikko Hypponen da F-secure.



Estas investigações revelam que a componente de envio de SMS do Cavalo de Tróia é igual a um mecanismo que as primeiras versões do Mosquito incorporavam e que previa o envio de uma mensagem secreta para a fabricante do jogo (Ojom) como alerta, de cada vez que alguém tentasse piratear o jogo.



Por não funcionar como previsto, o mecanismo só esteve disponível em versões de teste do jogo, acabando por ser retirado nessa fase devido a queixas dos utilizadores.



Assim, os especialistas concluem que, para a versão pirata manter activa a funcionalidade de envio de SMS, esta terá sido criada a partir de uma das versões de teste do Mosquito.



Recorde-se que o vírus, detectado na quarta feira, estava programado para enviar mensagens SMS para um serviço premium onde cada mensagem era cobrada a 2,25 euros (1,50 libras). A instalação desta componente requer que o utilizador ignore dois avisos de segurança, relativos à proveniência desconhecida do jogo e os perigos de instalação de um ficheiro com estas características.



Entretanto a Symbian já veio dizer que o serviço de mensagens foi cancelado, pelo que os utilizadores apenas serão taxados ao preço standard cobrado pela sua operadora local.



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