A Alcatel-Lucent lançou recentemente uma nova geração de routers que, segundo a empresa, podem ter um papel central na modernização das redes dos operadores e na preparação para um futuro, onde o vídeo e os dados têm um peso crescente. Esta nova geração de produtos "moderniza o backbone global da Internet de forma a lidar com a nova era de vídeo e serviços baseados na cloud", garantia a empresa na altura do lançamento.



Os Core Routers IP - "que controlam o fluxo de tráfego de dados e vídeo a áreas metropolitanas e cidades, através dos backbones das redes nacionais e na Internet global" - materializam a nova oferta e fazem a fabricante entrar num mercado que vale qualquer coisa como 4 mil milhões de dólares ano.



A Alcatel-Lucent garante que esta família de equipamentos (7950 XRS-40) suporta capacidades de 32 terabits por segundo e 160 Ethernet ports de 100G num único sistema, o que multiplica por cinco a densidade dos core routers atuais.



Aproveitando a ocasião o TeK falou com Luis Miguel Simões, Access & IP Account Manager na Alcatel-Lucent Portugal, que comenta as novas ofertas e o impacto que podem ter no negócio dos operadores. O responsável também partilha a sua perspetiva sobre a forma como o mercado tem evoluído, o posicionamento do sector em Portugal, num contexto europeu e as limitações à capacidade de investir.

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TeK: A Alcatel-Lucent acaba de lançar uma nova geração de equipamentos desenhados para responder à procura crescente de capacidade e banda larga. Diria que esta tem sido a principal característica de evolução do mercado nos últimos anos?

Luis Simões:
Sim, o mercado de uma forma geral tem tentado acompanhar o ritmo de crescimento acelerado das diferentes redes de comunicação. Esta questão é ainda mais premente no Core das redes IP/MPLS, que são a coluna dorsal das redes dos operadores de telecomunicações e para onde pode convergir muito deste tráfego. Porém, nesta parte tão importante da rede, a estratégia mais comum, por parte dos fabricantes, tem sido abdicar da funcionalidade e flexibilidade em favor de um maior número de interfaces de alto débito com elevada performance. Onde a Alcatel-Lucent marca a diferença com a sua nova geração de Core Routers (a família 7950 XRS), é no facto de agora podermos ter tudo sem comprometer nada, a performance e escala do número de interfaces (5 vezes a densidade disponibilizada pelo actual líder de mercado) e também a flexibilidade e funcionalidade associada ao seu network processor FP3, o mais avançado do mercado. Esta liberdade permite ao operador usar o equipamento topo de gama em diferentes aplicações, desde o Core de uma rede IP/MPLS ao Core de um DataCenter de maior dimensão ou mesmo esbatendo a fronteira entre Core e Edge, colocando o equipamento que necessita onde necessita, com serviços e escala, mantendo apenas um sistema operativo (SROS) comum a todas as plataformas.



TeK: Com as limitações que hoje existem à capacidade de investir, os operadores estão a fazer as mudanças necessárias para acomodar as exigências de banda larga e maior capacidade em que medida?

Luís Simões:
A infra-estrutura de telecomunicações dos operadores é o seu maior activo. É através da sua rede que o operador disponibiliza os seus serviços e cria a sua reputação. Em Portugal, o mercado de telecomunicações é disputado calorosamente, pelo que os operadores têm mantido alguma dinâmica na construção de redes IP/MPLS, que certamente irá continuar. No entanto existem outros factores na equação investimento na rede/operação da rede, como por exemplo, a eficiência energética dos equipamentos (quanto consomem por cada Gbps de capacidade), ou mesmo o espaço que ocupam, que representa uma parte muito considerável do custo de operação. O 7950 XRS consome cerca de 66% menos energia e requer 5 vezes menos espaço que outros equipamentos de core no mercado.



TeK: Portugal é normalmente apontado como inovador nas Telecom. Na preparação das redes para suportar larguras de banda cada vez maiores também estamos bem posicionados, face a outros países europeus?

Luís Simões: Os portugueses são, no geral, um povo bastante ávido por novas tecnologias, o que por sua vez se reflecte na procura de serviços mais inovadores e diferenciadores. Os Operadores de Telecomunicações, por seu lado, tentam responder a esta procura e têm mesmo o mérito de estar na linha da frente na Europa em iniciativas como o Broadband e IPTV, que são, talvez, o produto final que os consumidores mais reconhecem. No entanto, nos bastidores existe uma renovação incansável das redes que permitem esta inovação, não só em termos de largura de banda mas também na flexibilidade de introdução de novos serviços, com qualidade de serviço avançada para garantir a melhor experiência para o consumidor.

Temos em Portugal alguns bons exemplos desta dinâmica (alguns mesmo premiados internacionalmente), que são referência para muitos outros países. Na Alcatel-Lucent Portugal é frequente sermos contactados por colegas Europeus, que têm pedidos dos operadores dos respetivos países e que pretendem visitar alguns dos nossos clientes em Portugal, para obter a sua experiência em áreas tão diversas como o IP/MPLS, o IPTV, o IPV6, entre outros.

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