Depois da apresentação do HTC Touch HD que vai ser comercializado a partir da primeira semana de Dezembro, Pedro Abad, director-geral da HTC Iberia, respondeu a algumas questões do TeK sobre o posicionamento da empresa, a adesão aos smartphones e a possibilidade do HTC G1 ser comercializado em Portugal.
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TeK - Porque razão se decidiu a HTC Iberia a criar agora um escritório em Portugal se a Novabase já abandonou a sua representação em 2007, com o fecho da Octal2Mobile?
Pedro Abad - Quando a Novabase decidiu deixar o negócio Mobile substituímos a nossa parceria por outro distribuidor, a Mdevices e também pela BrightPoint, um distribuidor com quem mantemos uma parceria internacional e que está presente em Portugal. Para nós o conhecimento local é muito válido, acreditamos que é preciso estar perto dos parceiros mas também do cliente final.
Em 2008 começámos a trabalhar de forma mais directa o mercado português, temos pessoas em Madrid dedicadas só a este mercado, e em 2009 tencionámos avançar mesmo com recursos locais. Não posso ainda confirmar quando, porque isso depende do orçamento, mas em 2009 é estratégico para a HTC ter recursos locais.
A mensagem que queremos passar é que a HTC tem uma filosofia "costumer centrics": não interessa onde está o cliente, temos de estar lá.
Para além da ligação aos parceiros é também muito importante a área de sell out, com a presença nas lojas, um dos desafios a que vamos dar prioridade em 2009.
TeK - Uma das componentes muito importantes da presença de uma marca é também o serviço pós venda. Como geriu a HTC esta questão com a saída da Octal2Mobile do mercado?
P.A. - Mantivemos a assistência pós venda com a Teleservice, mas também com a Novabase, que continua a ser nossa parceira nesta área. Esta é uma componente muito importante para nós. Temos de ser consistentes na aproximação ao cliente e não basta vender um bom produto e uma boa experiência, é preciso estar ao lado dos clientes quando os equipamentos têm falhas. Nos últimos meses duplicámos os recursos na HTC Iberia, temos agora 11 pessoas, e o último colaborador que integrou a empresa é precisamente o director da área de pós venda, que já fez um tour em Portugal para perceber como o mercado funciona.
TeK - Como vê o mercado português em termos de adesão aos smartphones? Qual é a quota de mercado destes equipamentos?
P.A. - O mercado português teve um crescimento muito significativo nos últimos dois anos, duplicando as vendas de smartphones e apresentando crescimentos de 50 por cento a cada trimestre. A nossa quota de mercado é agora menor, porque entraram outros players no mercado, mas estamos a vender mais unidades, o que mostra uma evolução positiva para todos pela apetência que os clientes mostram por estes produtos.
Acreditamos que daqui a algum tempo todas as pessoas vão usar smartphones. Não sabemos quando, mas isso vai acontecer, é uma questão de tempo. E a HTC quer ser líder deste mercado.
Em Portugal a HTC é uma marca muito reconhecida e admirada pelos utilizadores, numa taxa maior em Portugal do que em Espanha e no resto da Europa. Os consumidores portugueses investem nos terminais, gostam de ter um bom equipamento e reconhecem a qualidade, têm um bom conhecimento dos produtos.
O mercado português para nós é um business case, usamos muitas vezes como exemplo pela sua adesão ao mercado móvel e aos smartphones.
Actualmente a quota de mercado dos smartphones está nos 5 ou 6%, depende da fonte dos dados, mas há que ver este número em perspectiva histórica: há um ano a quota de mercado dos smartphones era de menos de 1 por cento...
TeK - Já há novidades sobre a possibilidade de comercializar o HTC G1 [o telemóvel com sistema operativo Android da Google] em Portugal?
P.A. - Estamos a estudar esta questão com a Google e vamos ter em breve uma reunião com a equipa deles, mas para lançar o telemóvel é preciso que existam serviços Mobile localizados para este mercado, se não não faz sentido. De qualquer forma certamente que em 2009 vamos ter novidades nesta área.
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