http://imgs.sapo.pt/gfx/11893.gifPublicada em meados do mês passado, a última grande actualização de segurança e de novas funcionalidades para o sistema operativo Windows XP da Microsoft deverá chegar a 100 milhões de máquinas até final do ano.



Desde o lançamento têm sido levantadas várias questões relativas ao download do Service Pack 2, que na sua maioria dizem respeita a eventuais problemas de estabilidade e compatibilidade com software já instalado, um problema que se coloca sobretudo nas organizações.



Paulo Neves, Products Solutions Marketing Manager da Microsoft Portugal, explica, numa entrevista por correio electrónico, as principais preocupações da empresa ao desenhar o SP2. Este responsável detalha também o lançamento da versão portuguesa, agendado para final do mês, destacando que a utilização do SP2 elimina muitas das situações que potenciavam a infecção de um computador por vírus ou worms.



Em resposta às questões colocadas são ainda explicados alguns mecanismos de auxílio aos utilizadores, profissionais e particulares publicados ou definidos com base na experiência já adquirida, um mês depois do Service Pack 2 ter sido disponibilizado.




TeK: A segurança é uma das principais preocupações do SP2. Acredita que estão criadas condições para diminuir os riscos de vírus ou minimizar o seu impacto? Há estatísticas sobre o impacto destas medidas?

Paulo Neves:
Sim. Com a utilização do SP2 muitas das situações que potenciavam a infecção de um computador por vírus ou worms foram eliminadas. Olhando para o passado recente, os ataques efectuados teriam um efeito nulo ou extremamente mitigado se o Service Pack 2 do Windows XP já estivesse a ser utilizado.
Os mecanismos usados pelos hackers, embora o efeito do código malicioso produzido seja variável, são essencialmente os mesmos. Por essa razão pensamos que a superfície de ataque exposta pelo Windows XP foi muito reduzida e que a segurança contra este tipo de ataques foi significativamente aumentada.



TeK: A data prevista para distribuição da versão portuguesa do SP2 é entre finais de Setembro e meados de Outubro. É possível detalhar um pouco mais o processo de disponibilização, nomeadamente quanto aos diversos canais?

P.N:
Este processo é relativamente rápido: poucos dias após a finalização do código ele será disponibilizado no nosso download center e, cerca de uma semana depois, estará disponível no Windows Update e através dos Automatic Updates. Nesta altura será também oferecida a possibilidade de encomendar um CD com o SP2, sem custos para o utilizador.



TeK: Quais as estimativas relativamente ao número de downloads da versão portuguesa do SP2?

P.N:
Não temos números.



TeK: Na versão inglesa do SP2 foram detectadas algumas questões de compatibilidade, ao que parece causadas por programas spyware, e outros não autorizados, previamente instalados no PC. Está previsto algum tipo de acção informativa aos utilizadores sobre cuidados a ter antes de instalar o SP2?

P.N.:
Sim. Os utilizadores que queiram realizar a actualização devem sempre consultar o artigo "What to Know Before You Download and Install SP2" antes de instalarem o SP2. Adicionalmente, e por diversos meios, serão divulgadas junto dos utilizadores medidas a tomar quando surjam problemas.



TeK: Ao nível das empresas o eventual apoio é prestado pela rede de parceiros Microsoft? E ao nível dos particulares?

P.N:
Além da rede de parceiros Microsoft que evidentemente prestam apoio directo aos seus clientes, a Microsoft disponibiliza outras formas de apoio na instalação, através dos diversos canais de contacto, nomeadamente online e através do telefone, tanto a empresas como a particulares. Este apoio é gratuito.



TeK: Entre as várias novidades do SP2, destaque três que considere fundamentais e urgentes na resolução ou minimização de questões relativas à segurança?

P.N:
A nova Firewall do Windows, que fica activada por predefinição após a instalação do SP2, é uma "arma" fundamental no combate à intrusão nociva nos computadores de terceiros. Certos comportamentos do Internet Explorer que, pela sua flexibilidade, podiam potenciar uma eventual intrusão foram modificados, tornando muito mais difícil, por exemplo, casos de phishing e spoofing. Por outro lado, uma boa parte dos componentes do Windows foram recompilados de forma a integrarem um novo switch que permite evitar os ataques do tipo buffer overrun através da memória do computador.



TeK: Dispõem de números relativos à utilização de antivírus e firewalls pelos utilizadores portugueses. O que revelam?

P.N:
Não temos esses números.

Cristina Alexandra Ferreira