Francisco Fonseca, CEO da AnubisNetworks, falou ao TeK para fazer um balanço do ano, desvendar as apostas que centram a estratégia da empresa e alguns planos para o futuro.



Já com presença no reino Unido e Alemanha, a Anubis quer continuar a expandir o negócio de soluções de segurança para o email no mercado internacional e tem como um dos principais objectivos para o próximo ano garantir uma maior presença nos Estados Unidos, onde já está através de alguns parceiros revendedores.



Criada em 2006, a empresa tem consolidado presença no mercado direccionada às necessidades das grandes organizações e dos operadores de telecomunicações.


[caption]Francisco Fonseca, CEO da AnubisNetworks[/caption]
TeK: Como está 2010 a correr para a AnubisNetworks? A empresa tem ao longo deste ano tentado explorar novas áreas/vertentes de negócio?

Francisco Fonseca:
O ano está a correr bem e contamos crescer 25% no mercado nacional. Este ano tomámos a decisão de apostar em duas novas áreas: a de detecção de PC's infectados numa rede e a de filtragem de tráfego Web. Desta forma, diversificámos mas mantendo o foco na segurança.



TeK: Em que sectores estão os vossos principais clientes e que serviços mais procuram na empresa?

Francisco Fonseca:
Os nossos clientes procedem de todos os sectores: banca, seguros, telecomunicações, media, transportes, retalho, etc…
As empresas que vêm ter connosco tipicamente procuram soluções para a protecção do seu correio electrónico. No caso específico das empresas de telecomunicações, por vezes desenvolvemos projectos mais complexos para as necessidades específicas identificadas.



TeK: Qual é a actual dimensão da empresa, em termos de facturação e colaboradores e que estrutura de I&D/Inovação suporta o negócio? Já agora, está em Portugal todo o suporte de I&D?

Francisco Fonseca:
A Investigação e o Desenvolvimento na AnubisNetworks são efectuados na totalidade em Portugal. A estas duas áreas estão afectos 47% dos recursos humanos da empresa em Portugal.



TeK: Já estão certamente a preparar o próximo ano. Quais são os objectivos em termos de negócio e de crescimento?

Francisco Fonseca:
Para o próximo ano, a nossa maior aposta é crescer a nível internacional.



TeK: Ao nível do processo de internacionalização. Quais são hoje os vossos mercados internacionais mais fortes e onde é que ainda não estão e querem estar?

Francisco Fonseca:
Os nossos mercados internacionais mais fortes são a Inglaterra e a Alemanha. Os E.U.A. são o país onde gostaríamos de ter uma presença brevemente. É muito provável que venhamos a ter novidades ainda este ano relativamente a este país.



TeK: A AnubisNetworks conseguiu desenvolver-se graças ao apoio de uma empresa de capital de risco (InovCapital). Em 2006 quando nasceram, como agora, fala-se nas dificuldades de acesso ao crédito e ao financiamento de novos projectos. Foi difícil criar condições para lançar o vosso projecto?

Francisco Fonseca:
Parece-me que em 2006 os 'ventos' eram um pouco mais 'favoráveis' do que agora, no entanto, quer nessa altura quer agora, há meios disponíveis para que as boas ideias possam ser concretizadas por pessoas e equipas com perfil empreendedor. Há sempre muito trabalho para criar as condições necessárias ao lançamento de um novo projecto, a começar pela elaboração do próprio plano de negócio. No caso da AnubisNetworks acredito que tenha pesado na decisão da Inovcapital de apostar em nós o facto de termos um produto já funcional e a ser utilizado por determinadas organizações.



TeK: A segurança do email é o foco central do vosso negócio. Genericamente como vêem este mercado - destinatário das vossas soluções - hoje em Portugal. As empresas estão sensibilizadas e a investir na medida certa para garantir os níveis de segurança desejáveis?

Francisco Fonseca:
Sim, actualmente as organizações estão sensibilizadas para a necessidade de investir na área da segurança do email. Nos dias que correm, uma organização não consegue actuar sem email e muito dificilmente suporta um sistema de email sem segurança. É importante não esquecer que o email é provavelmente a principal porta de entrada para o código malicioso que está tão difundido na Internet.