Após três anos de ausência, Michael Dell anunciou o seu regresso à presidência e direcção da empresa que fundou. A decisão surge na sequência da saída de Kevin Rollins, que na passada quarta-feira apresentou a sua demissão do cargo.



O retorno do responsável ao comando das operações da Dell é encarado pelos analistas internacionais como uma estratégia para acabar com os maus resultados que a empresa tem registado nos últimos três anos.



Quando Michael Dell transferiu as suas competências para Kevin Rollins, em 2004, a empresa estava no topo da tabela mundial de fabricantes. Desde então, os resultados têm vindo a descer e acumulam já uma quebra de 30 por cento na quota de mercado da empresa. Os resultados menos positivos foram aproveitados por outras fabricantes, como a Hewlett-Packard que, durante o mesmo período, aumentou a sua parte no mercado em 120 por cento.



Alegadas irregularidade nas contas da empresa têm levado as autoridades reguladoras norte-americanas a investigarem a companhia. Embora não se saiba se existe ligação directa, o facto é que no mês passado também Jim Schneider apresentou a sua demissão, deixando vago o lugar de director financeiro da empresa.



Michael Dell fundou a sua empresa em 1984 quando estudava na Universidade do Texas. Apesar de na altura contar apenas com um fundo de maneio de mil dólares rapidamente alcançou o sucesso ao facturar seis milhões de dólares na venda de computadores no primeiro ano de actividade, sem intermediários entre fabricante e cliente.



Actualmente, a Dell emprega perto de 64 mil funcionários em todo o mundo e está posicionada como a 25ª maior empresa dos Estados Unidos com vendas de 55 mil milhões de dólares em 2006.

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