Por Rui Nogueira (*)

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Nas reflexões que temos vindo a fazer sobre a alteração do papel do CIO, um dos aspetos que focámos foi a mudança drástica das expetativas que os responsáveis pelos departamentos de TI têm vindo a enfrentar.

O Vice-Presidente da Gartner, Mark Raskino, escreveu, recentemente, no seu blogue: “O CIO inventivo irá lutar para desenvolver capacidades ímpares no âmbito das novas tecnologias para obter vantagens competitivas através de uma poderosa e criativa base interna de recursos tecnológicos.”

Prossegue afirmando que as empresas necessitam de transformar novamente a informação e a tecnologia em competências essenciais para se manterem à frente da concorrência no seu ramo de negócio.

E ainda mais relevante se torna o papel do CIO se tivermos em consideração que metade das empresas planeia aumentar o seu investimento em TI este ano. Na verdade, ser o centro das atenções da empresa pode ser bastante intimidante até porque as expetativas criadas têm que ser plenamente satisfeitas.

O principal desafio que se coloca ao CIO é a rapidez. As inovações tecnológicas têm que ser implementadas mais rapidamente do que nunca ao mesmo tempo que garantem a melhor experiência possível ao utilizador, acrescentando, assim, valor aos processos empresariais. Os tempos de espera foram reduzidos de meses para semanas, sobretudo no caso da indústria transformadora, tendo possibilitado a sua permanência na linha da frente vários degraus acima da concorrência. Para os retalhistas, tempo também é dinheiro, na medida em que têm que captar de forma mais célere do que nunca os comportamentos dos consumidores para reagirem às tendências de consumo.

É por esta razão que muitos CIO adotaram o conceito ágil proveniente dos programadores e o disseminaram pelo seu departamento. Para libertar tempo e recursos que permitissem aos CIO centrarem-se na inovação, foram delegadas tarefas anteriormente essenciais para o departamento e TI, como a infraestrutura e armazenamento de dados, a empresas externas. As tecnologias de hospedagem na nuvem e o software enquanto serviço evoluíram, dando ao CIO a possibilidade de focar a sua atenção na inovação.

Mas será que é realmente inovador no seu trabalho quotidiano? Como deverão os CIO proceder para se tornarem líderes na inovação empresarial? Não devemos confundir inovação com invenção. Não é necessário ter uma ideia brilhante para se tornar um líder na inovação. Nem todos os inventores são grandes inovadores.

A inovação acontece quando alguém parte de um grande ideia, vislumbra a oportunidade de negócio nela contida e a concretiza. Steve Jobs não inventou o rato. De facto, a ideia já estava a ser explorada num laboratório de pesquisa da Hewlett Packard. Mas quando o visionário da Apple viu um, terá dito “Será que não percebem que estão sentados em cima de uma mina de ouro?”.

Jobs anteviu, de imediato, o potencial do rato, otimizou-o para o mercado global e transformou-o numa componente fundamental do Mac 2.

Se os CIO desejam localizar uma potencial mina de ouro no interior da sua empresa, necessitam de transparência absoluta. E os CIO podem obter essa indispensável transparência graças às soluções avançadas de Enterprise Resource Planning como o Sage ERP X3 – uma visão abrangente da empresa como um todo que lhes permite identificar onde é que os processos podem ser agilizados e os recursos melhor geridos.

Se os CIO desejam realmente empreender a inovação empresarial, necessitam de estar na vanguarda de uma abrangente cultura de empresa no que respeita à inovação. A última geração de soluções ERP garante uma colaboração direta entre colaboradores de diferentes locais do mundo (e podem utilizar os seus próprios dispositivos para acederem) e o CIO deve patrocinar esta colaboração.

(*) Business Unit Manager Mid-Market da Sage Portugal