Timóteo Menezes, director técnico da Symantec falou com o TeK à margem do encontro promovido pela empresa para dar nota das ameaças informáticas que mais se destacaram em 2009 e antever aquelas que em 2010 mais prometem "tirar o sono" às empresas de segurança.

O responsável destaca o relevo que os bots, malware utilizado para disseminar spam e vírus, continua a ter a nível nacional e avança com algumas explicações.

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TeK: Ao longo deste ano qual foi a ameaça informática que mais impacto teve em Portugal e que mais mereceu destaque ao país nos ranking globais que a Symantec vai analisando periodicamente?
Timóteo Menezes:
Os bots foram um dos problemas de segurança que mais se destacou neste ano e a razão para isso é simples. A adesão à Internet aumentou, bem como o tempo que os utilizadores passam ligados online, através de várias plataformas. Várias iniciativas têm contribuído para o aumento do leque de utilizadores online, como as propostas que combinam o PC com o acesso, como e-escolas e outras que, não só criam novos utilizadores, como asseguram a sua continuidade online, devido aos contratos de fidelização que prevêem. Com o aumento do número de máquinas ligadas, proporcionalmente aumentam também este tipo de problemas e entre as novas máquinas ligadas à Internet há sempre uma parte que fica desprotegida, terminado o prazo experimental do software de segurança incluído.
Esta é aliás uma tendência que verificamos não só em Portugal como em vários outros países do mundo. Quando a Internet começa a expandir-se a todos são estes mercados que começam a ser os mais infectados e a ser a origem dessas infecções para o resto do mundo. É uma tendência normal quando o acesso à Internet é uma novidade, ainda sem muita consciência dos perigos associados.