Dois dos porta-estandartes mundiais da aposta no software livre, o governo alemão e o governo da região da estremadura espanhola, anunciaram que irão desinvestir nos seus projetos de implementação de novas tecnologias baseadas em programas de código aberto.

Se no primeiro caso se alegam razões como "as críticas generalizadas dos utilizadores" e as dificuldades em resolver os "problemas de interoperabilidade" associados à utilização do software open source, em Espanha enumera-se a questão do custo, "um aspeto que se depreciou anteriormente e que levou a Administração a assumir gastos que excediam o lógico e o necessário".

As justificações apresentadas em ambos os casos não calam as vozes críticas, que apontam para outros motivos que não os anunciados publicamente. Nesse sentido também quisemos saber a opinião dos nossos leitores.

Entre os 1.373 participantes na votação, mais de metade (53%) consideram que neste tipo de decisões pesam interesses económicos que "falam mais alto".

Igualmente discordantes das opções anunciadas, para 22% os desinvestimentos "mostram falta de conhecimento sobre o potencial das tecnologias open source".

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Por outro lado, entre os nossos leitores há também quem considere que as decisões recentes vêm demonstrar que argumentos favoráveis normalmente apontados para a escolha do software livre, como o preço, nem sempre se confirmam (19%).

Seis por cento dos participantes "defende" a opção do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão e da Estremadura espanhola pelo software proprietário, por considerar que este é melhor e mais seguro (6%).

Convidamos agora os nossos leitores a expressarem a sua opinião relativamente à necessidade, ou não, de garantir a neutralidade da Internet com recurso à legislação, numa nova Votação, já disponibilizada.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico