(Actualizada) Este ano marca a estreia da Sony Ericsson no mercado dos smartphones com o sistema operativo Android, neste caso na sua (menos actual) versão 1.6. O TeK experimentou aquele que foi o primeiro telefone da marca com a plataforma móvel promovida pela Google e mais um dos "topo de gama" a ganhar o epíteto de "iPhone Killer", o Xperia X10 - de que já tínhamos falado aqui. Se duvidamos que vá "matar" o iPhone, temos de admitir que armas não lhe faltam, é rápido no gatilho… e agradável à vista.

A entrada naquele que se tem revelado um dos mais profícuos campos no que respeita ao lançamento de novos equipamentos é feita em grande. Grande no sentido literal, uma vez que o design do telefone é "dominado" por um ecrã de 4 polegadas que ocupa toda a parte frontal do dispositivo - onde conta apenas com mais três teclas, dedicadas a fazer surgir o menu da tarefa que está em execução, voltar ao início e retroceder.

Apesar das dimensões, o telefone é elegante (dizemos nós), não tem mais de 13 milímetros de espessura (11 mm na parte mais fina) e pesa 135 gramas, mas pode tornar-se difícil de manusear para mãos de menor tamanho… e destreza. É que isto dos ecrãs tácteis é fantástico para navegação na Web e visualização de conteúdos multimédia - campos em que o Xperia X10 nada fica a dever à concorrência, mas a coisa pode complicar-se quando chega a altura de inserir maiores quantidades de texto. Ou a chave da rede Wi-Fi, por exemplo.

[caption]Xperia X10[/caption]

A resposta ao toque é rápida e eficiente, isso é certo, e o teclado virtual é QWERTY, mas a dificuldade em acertar no caracter pretendido nem sempre é assegurada, principalmente com o ecrã colocado na vertical. A jornalista sente-se, no entanto, no dever de fazer notar a sua falta de apetência (e treino) para teclados virtuais.

Por falar em dever e em (falta de) orientação vertical e horizontal, fica a referência ao, por vezes, fraco desempenho do acelerómetro do telefone. Ora inverte a posição da imagem sem que tal lhe seja solicitado, ora exige que o utilizador faça alguns movimentos forçados para que este se "aperceba" que deve mudar de "vista".

Ainda a propósito do ecrã, vale a pena mencionar que este apresenta uma resolução de 480x854 pixéis e uma qualidade de imagem capaz de fazer as delícias do utilizador. Mesmo que perca em comparação com Super AMOLEDs da Samsung, como o recém-chegado Galaxy S, desempenha com distinção as suas funções, tanto na leitura de documentos de texto e navegação Web (que se faz de forma bastante confortável e intuitiva, apesar da ausência do "multi-toque"), como no acesso a vídeos e fotografias.

[caption]Time Scape[/caption]

É aliás, neste campo que o telefone mais trunfos tem para dar, com a sua câmara de 8.1 megapixéis e o software Media Scape e Time Scape, da Sony Ericsson. Estas ferramentas trazem uma nova forma de organizar e gerir contactos e conteúdos (imagens, vídeos e música), que são actualizados com base naquilo que é captado com a câmara do telefone, no que é visionado online ou descarregado para o telefone e nas actualizações feitas por amigos nas redes sociais, emails recebidos, chamadas ou SMS ou trocadas.

No que ao multimédia concerne, destacamos ainda a prestação da máquina, que capta imagem e vídeo, este com um som razoável, uma capacidade de focagem que nos surpreendeu e reprodução no telefone em condições decentes - só não vale a pena contar com o zoom de 16x prometido, que é digital e não convence.

[caption]Fotografia tirada com o Xperia X10[/caption]

A fotografia apresenta uma qualidade que não envergonharia o desempenho do telefone quando comparado com algumas compactas no mercado.

A câmara conta com várias funcionalidades e modos de reconhecimento de cenas, rostos ou mesmo um dedicado a registar documentos de texto, que facilitam a tarefa de tirar fotografias, mesmo em condições de menos luminosidade.

Apreciámos também a escolha da fabricante, que optou por incluir uma "luz de fotografia", para capturas nocturnas de imagem, ao invés de um flash. Não podemos, no entanto, deixar de referir que o acesso a esta é pouco prático. É preciso ir às "definições avançadas" e seleccionar a activação a cada fotografia, o que não dá mesmo "jeito" nenhum.

Ainda a respeito da usabilidade, o botão destinado aos disparos, colocado na lateral do telefone, é pequeno e não é especialmente sensível, exigindo, por vezes, uma pressão que pode contribuir para desfocar a imagem. Atenção que também é possível optar pela "captura por toque", que tira partido do ecrã sensível.

[caption]lateral direita do Xperia X1o[/caption]

Todas as tarefas até agora mencionadas foram desempenhadas com desembaraço pelo dispositivo, que conta com um processador Snapdragon de 1 GHz, 1 GB de memória interna (mais um cartão microSD de 8GB incluído no "pacote"), ligação 3G e Wi-Fi - e com o qual partilhámos tempo suficiente para perceber que a bateria não é coisa para durar mais de um dia e meio, se lhe quisermos dar o carinho e atenção que ele merece.

[caption]entrada mini USB[/caption]

Entre as restantes especificações podemos ainda referir a entrada mini USB (cuja tampa se apresenta como forte candidata a ser a primeira parte do telefone a deteriorar-se), que assegura a ligação do equipamento ao PC e ao carregador para ser ligado directamente à corrente. Para sincronizar o telemóvel com o computador basta ligar o cabo USB e seleccionar no telefone a opção "Montar", que desencadeia a execução do Sony Ericsson PC Software, com aplicações que permitem transferir ficheiros e gerir bibliotecas de media.

[caption]Xperia X10, Media Scape[/caption]

No que respeita ao sistema operativo, podemos contar com o habitual acesso ao Android Market Place e ao seu variado leque de aplicações, sendo que o telefone traz já instaladas as destinadas a serviços como o Google Talk, Maps, youTube ou Gmail - cujas credenciais do utilizador devem ser associadas ao sistema operativo, para tirar total partido das suas potencialidades e ligação (constante) à Internet.

Embora a fabricante tenha optado pela (menos actual) versão 1.6 da plataforma móvel promovida pela Google, deverá disponibilizar a actualização para o Android 2.2 durante o último trimestre de 2010.

O Xperia X10 é comercializado em Portugal através da Optimus, TMN e Vodafone, com preços que começam nos 439,90 euros, mas pode ser adquirido por valores inferiores com vinculação a planos de preços que incluem o acesso à Internet - o que é recomendado, quando falamos de um equipamento que pede uma ligação always on. Na Fnac, está também disponível na sua versão em branco, que custa 549 euros.

Nota da Redacção: O texto foi actualizado com a referência ao facto da TMN também já comercializar este modelo, que no site da operadora aparece com data de actualização a 12/8.

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