A tarefa não é fácil. As recentes notícias sobre os ataques à plataforma móvel patrocinada pela Google não deixam descansados os gestores de sistemas, que sabem que guardamos cada vez mais dados profissionais nos smartphones, mas ainda assim a Samsung está apostada em tornar o novo Galaxy S II o Android mais profissional. Pelo menos até agora.
A primeira apresentação do telemóvel que hoje chega ao mercado já deixou claras muitas das suas potencialidades, que o TeK já tinha espreitado também no World Mobile Congress, em Barcelona. Mas uma coisa é ver e outra experimentar.
A Samsung já nos tinha habituado aos smartphones topo de gama com grande qualidade de concepção e design, onde os materiais se salientam pela robustez e o acabamento. O novo Galaxy não desilude em nenhum destes pontos e o enorme ecrã Super AMOLED Plus, de 4,3 polegadas (o maior actualmente no mercado de smartphones), é um factor diferenciador para quem aprecia a qualidade da imagem e leva a sério o novo estilo de utilização das aplicações e jogos.
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A diferença sente-se também no peso, na espessura (8,49 mm) e no tamanho do telemóvel. Apesar de grande (dificilmente cabe no bolso de uma camisa e é melhor reforçar o bolso interno dos casacos para o "encaixar" - vantagem para o segmento feminino que o consegue colocar em qualquer bolsa de mão, mesmo as pequenas "pochetes de cerimónia") o Samsung Galaxy S II é mais leve que muitos smartphones da sua gama. Para isso contribuem os materiais utilizados, e em especial a tampa traseira, em plástico fino (talvez demasiado fino para uma utilização muito intensiva, mas isso só o tempo o dirá).
Tirando os aspectos de imagem, a configuração é semelhante a qualquer Android, ajudado pela nova versão 2.3 (Gingerbread) e ligeiramente melhorado pelo interface de utilizador desenvolvido pela Samsung - o TouchWiz 4.0 - e pela agregação de aplicações nos já habituais Hubs da empresa: para jogos, livros digitais, música e redes sociais.
Não há segredos na configuração das contas e no acesso à informação essencial para passar a fazer chamadas - e receber - rapidamente, sem perder o rasto da função mais importante do telemóvel. Mas também as outras funções que já transportámos para estes terminais móveis funcionam de forma rápida.
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Por tudo isto concentrámos o nosso teste nas funcionalidades profissionais. Nesta área a Samsung estabeleceu uma série de parcerias que têm como objectivo destronar os BlackBerry da sua posição quase única de smartphones profissionais, a que o iPhone e os terminais Windows também almejam e onde têm vindo a conquistar espaço.
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A empresa trabalhou o sistema operativo Gingerbread especialmente na área de protecção de dados e rede, combinando os serviços de conferência e conectividade com a Cisco, o acesso ao email e calendários de grupo com a Microsoft - e o seu Exchange ActiveSync - e a gestão remota segura de dispositivos com a Sybase, agora SAP.
O resultado é a versatilidade do melhor de dois mundos: o lazer e o empresarial, com segurança da informação mais crítica.
As políticas de segurança e restrições implementadas garantem a comunicação em tempo real com servidores Exchange, aplicando tecnologias de encriptação no hardware para proteger os dados, através da solução Sybase Afaria e do Exchange ActiveSync.
O AnyConnect da Cisco permite a ligação fácil a uma VPN, mas pode contar também com o suporte ao Cisco WebEx para reuniões online e videoconferência. O Mobile Device Management alarga as políticas de segurança de dispositivos das empresas à plataforma Android.
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Não experimentámos muito além da configuração da VPN e acesso ao email do Exchange, mas não é difícil perceber que com estas ferramentas a Samsung consegue responder às preocupações básicas da maioria dos gestores de TI, que são cada vez mais pressionados para dar acesso a partir de dispositivos móveis a aplicações críticas de negócio.
Só com o tempo se pode perceber se esta será uma aposta ganha, mas para já está pelo menos no bom caminho.
Depois de uma semana com o telefone e todos os elogios e reconhecimentos das suas vantagens, temos também de fazer algumas críticas ... A primeira é que o telefone aquece de forma estúpida. Sobretudo se deixar configurado o screensaver de demonstração do smartphone - o que desaconselhamos porque também consome um dos recursos mais preciosos: a bateria.
E depois das últimas análises da Organização Mundial de Saúde é mesmo bom que não tenha grande tentação de passar muito tempo com o smartphone encostado à orelha. Passe a usar sistemas de mãos livres ou auriculares que, até ver, são mais seguros.
A bateria é ainda um dos pontos fracos destes equipamentos. O ecrã consome a grande maioria da bateria (cerca de 70%) e a sintonização constante da estação de base e da conectividade Wi-Fi levam quase todo o resto. Mesmo assim a Samsung introduziu algumas funcionalidades interessantes de gestão de bateria e até conselhos aos utilizadores sobre como poupar... que devem ser aplicados ou terá de recorrer constantemente à tomada eléctrica.
Resta só dizer quanto custa: já era conhecido que o Samsung Galaxy S II estará à venda em todos os operadores e também em modelo livre, nas lojas. O preço definido é de 649 euros, enquanto os operadores móveis comercializam o novo smartphone a 499,90 euros.
A TMN divulgou esta manhã que aderindo a planos de dados o preço do dispositivo pode baixar até aos 199,90 euros. Na oferta da Vodafone o modelo de 16 GB pode ser adquirido por 179,9 euros, com uma vinculação de 24 meses.
Nota da Redacção: A notícia foi actualizada com a informação de preços da Vodafone.
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