A Asus colocou no mercado mais um equipamento alinhado com o conceito dois em um que tem vindo a promover nos últimos tempos - tablet / notebook. Transformer Pad TF300T foi a designação escolhida desta vez pela fabricante para designar o produto que passou pela redação do TeK durante alguns dias.



Cerca de 100 euros mais barato que o antecessor Transformer Prime, o Pad não desilude. Ao nível do design é elegante, é bastante fino, não é pesado (9,9 milímetros de espessura e 635 gramas de peso) e mantém o sistema simples de encaixe do teclado que a Asus já assegurava nas versões anteriores do modelo, quando é necessário adicionar um teclado ao tablet.



A troca do alumínio pelo plástico, na transição para a mais recente geração do Transformer, também não nos parece fatal nos argumentos do produto, sobretudo tendo em conta a diferença de peso. A resistência pode não ter saído a ganhar, mas em termos de aspeto o equipamento mantém um ar robusto e elegante.



Outra diferença a anotar está no ecrã, que perde brilho, mas que nem por isso respondeu mal às nossas solicitações. A opção da Asus neste modelo foi para as 10.1 polegadas com retroiluminação LED com 1280x800 pixéis.

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O processador é um Quad Core (Nvidia Tegra 3) a 1,2 GHz, cujos atributos se tornam evidentes na generalidade das tarefas que pode realizar com o equipamento. Desde jogar Angry Birds, editar vídeos, ou compilar outros dados multimédia, por exemplo.



Diga-se ainda a propósito das experiências que fomos fazendo com jogos e conteúdos multimédia, mais exigentes para os equipamentos, que o Transformer Pad nunca se revelou perto do ponto de ignição.



Brincadeiras à parte, o que queremos dizer é que ao contrário do que acontece com muitos equipamentos (smartphones e tablets), o Transformer Pad revela poucas alterações ao nível da temperatura quando é usado de forma intensivo durante largos minutos… ou horas.

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A RAM do equipamento é de 1 GB e o espaço de armazenamento de 32 GB, que podem crescer para os 40 GB, se o utilizador tirar partido dos 8 GB gratuitos que a Asus oferece (para sempre) no seu serviço de armazenamento na nuvem, uma proposta que coloca a Asus em linha com o que estão a fazer outros fabricantes, como a Apple.


A autonomia é um dos pontos que a Asus tem destacado no novo Transformer Pad e bem, porque este é de facto um aspecto interessante do modelo, que se revela por isso uma verdadeira alternativa de mobilidade graças a essa característica. A autonomia apontada pela Asus é de 10 horas em versão tablet, que aumentam para 15 com a doca: chegámos lá perto.



Não sendo certamente este o argumento que fará alguém comprar um tablet, também experimentámos a câmara do equipamento. Com 8 megapixéis (mais uma de 1,2 megapixéis na frente) a câmara traseira não impressiona, mas é competente.



Apenas na captura de imagem em cenários de grande contraste ou pouco luminosidade os resultados foram menos positivos… infelizmente não podemos mostrá-los, porque não chegaram a sair de dentro do equipamento antes de fazermos reset ao sistema e entregar o Transformer Pad para que seguisse até ao próximo teste. Não, o processo de transferência de imagens não é complicado e o restauro do sistema é disponibilizado em local de fácil acesso e de forma suficientemente clara para prevenir acidentes. Foi mesmo esquecimento…

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Ainda relativamente à captura de imagem vale a pena dizer que a câmara do Transformer Pad tem uma abertura da lente melhorada (F2.2), por comparação à configuração disponível no Transformer Prime, tem autofócus e uma lente de cinco elementos com sensor BSI. No vídeo, o equipamento suporta gravação em Full HD.



Ao nível das aplicações e do software navegámos no Android 4.0 que integra o modelo e tirámos partido de todos os serviços que recorrem à localização do utilizador. Concluímos que o GPS, que deu problemas à Asus no Transformer Prime, aqui funciona corretamente.



Na utilização das aplicações que integram o equipamento pudemos constatar que a transição entre tablet e notebook não é apenas simples (e rápida) ao nível do hardware mas também ao nível do software. Sem dúvida a junção de um teclado físico ao tablet aumenta o conforto na utilização do dispositivo, para tarefas que se aproximem mais daquelas que habitualmente fazemos no portátil.



Mesmo assim, seja por falta de hábito da utilizadora, ou falta de orientação da plataforma de software para esse fim, um tablet continua a ser um tablet... mesmo com teclado integrado.



O Transformer Pad é vendido sem e com doca. Os preços recomendados são de 399 e 499 euros, respetivamente. O equipamento está disponível em azul e em branco e integra portas USB; leitor de cartões SD e ligação HDMI. A conetividade assegurada é Wi-Fi, Bluetooth e 3G (a variante TF300TG junta esta característica e custa 499 euros).

Nota de redação: Foi corrigida uma troca: onde se lia "o Transformer Pad é vendido com e sem doca", deve ler-se "o Transformer Pad é vendido sem e com doca". Acrescentada também informação para clarificar que o tablet pode ou não ter modem 3G.



Cristina A. Ferreira



Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico