O Nokia 1520 chegou só esta semana às lojas portuguesas mas antes já se tinha “estreado” na redação do TeK, onde o novo smartphone XL da Nokia causou algum impacto. E não só por causa do tamanho.
Entre um tablet e um smartphone, o novo Nokia oferece muito mais espaço para os conteúdos multimédia mas também para o trabalho. No ecrã de 6 polegadas cabem três colunas de tiles do Windows Phone 8, fotos maiores e mais vídeo, mais “ambiente” de jogos, mas também mais linhas e colunas de folhas Excel e apresentação de maior dimensão do PowerPoint.
Mesmo assim não é difícil de utilizar e segurar, até porque a Nokia conseguiu fazê-lo mais esguio do que outros smartphones mais pequenos da gama Lumia, como o Nokia Lumia 920 que aparece ao lado em algumas fotografias. O peso é de apenas 230 gramas e as dimensões 162,8 x 85,4 x 8,7 mm.
Pela dimensão torna-se difícil, em algumas situações, usar o phablet só com uma mão. Mesmo para fazer um telefonema ou ler uma mensagem o telefone escorrega e obriga a recorrer à ajuda de duas mãos. A menos que esteja pousado sobre a secretária ou outra superfície estável.
A cor amarela do Nokia 1520 que foi cedido para testes ajuda a que o equipamento não passe despercebido em nenhum lado, gerando curiosidade e interesse. Mas o principal problema é de “encaixe”. Um telemóvel com esta dimensão até sabe bem para ver mais conteúdos, mas não cabe em nenhum bolso normal e por isso tem de ser transportado numa mala ou pasta, o que se pode transformar num problema para a secção masculina de utilizadores…
Performance sem sobressaltos
Para além da aparência há outras características de relevo no Nokia 1520. A performance do phablet é garantida pelo processador Qualcomm Snapdragon 800 (2.2GHz Quad Core) e 2GB de RAM que se aguentam perfeitamente perante as exigências das funcionalidades multimédia e dos jogos. E estas são ferramentas que no Nokia 1520 devem ser obrigatoriamente usadas até à exaustão, até porque é um desperdício utilizar esta máquina só para telefonar e ver mensagens ou emails.
O ecrã de 6 polegadas Full HD com tecnologia ClearBack propicia a exploração das diversas ferramentas de gestão e criação de fotos e histórias que vêm pré-carregadas no telemóvel, e convida à utilização intensiva da câmara fotográfica de 20 MP com tecnologia Pureview, potenciada pelas óticas Zeiss com estabilizador de imagem e autofocus, onde o flash de duplo LED garante a iluminação necessária em ambiente mais obscuros…
Outras características bem vindas são o NFC, embora ainda com utilização limitada por falta de “companheiros” com quem emparelhar para usar toda a sua potencialidade, e o suporte a redes 4G que se torna mais útil para quem quer aceder a conteúdos de vídeo ou música nas redes móveis.
A bateria revela-se também uma agradável surpresa. Com uma capacidade de 3400 mAh as indicações da Nokia apontam para uma duração de 25 horas de conversação em 3G, 10,8 horas de playback de vídeo e 120 horas a passar música. Não experimentámos até ao limite estas definições, mas numa utilização normalmente intensiva a bateria suportou sempre um dia completo de “trabalho”, acompanhado de algumas horas noturnas de carga.
Contar histórias mais completas
A interrogação mais normal face a um telemóvel como o Nokia 1520 é “para que serve um ecrã tão grande”. Como já tínhamos escrito, a utilização como simples telefone é limitativa, mas sempre que as funcionalidades se cruzam com as exploradas num tablet acaba por se conseguir rentabilizar a dimensão. O que naturalmente acontece sobretudo com jogos, vídeos e fotos, ou outros trabalhos criativos, mas também com as funcionalidades habituais de acesso a aplicações, email, ou ferramentas de produtividade.
Cabem muito mais coisas num único ecrã, e a Nokia decidiu designar o 1520 como contador de histórias, também pelo conjunto de aplicações integradas onde se encontra o Nokia Storyteller, que permite aos utilizadores organizar os conteúdos de uma forma mais criativa, tirando partido das fotos e vídeos captadas pela câmara de 20 MP ou mesmo os sons ambiente gravados através do Nokia Rich Recording, que usa os 4 microfones do equipamento.
Para estas ferramentas mais criativas sentimos a falta de uma caneta, o que estabelece imediatamente a ponte de comparação com o Note 3 da Samsung. Em algumas situações o uso apenas dos dedos sobre o ecrã sensitivo acaba por trazer uma sensação de falta de precisão, e embaraço em algumas tarefas mais delicadas. Mas isso também pode ser ultrapassado com algum treino.
No final as primeiras impressões do Nokia 1520 são positivas. O tamanho oferece muitas vantagens e as desvantagens acabam por ser rapidamente contornadas com alguma mudança de hábito, sobretudo na forma de guardar e utilizar o telemóvel só com uma mão. E para quem aprecia jogos e vídeos o smartphone torna-se rapidamente um vício ainda maior pela capacidade de atração que gera…
O Nokia 1520 já está à venda em Portugal, mas por enquanto apenas nas cores branco e preto e não no amarelo apresentado, ou no vermelho que também existe noutros países. O preço de venda a público recomendado, em venda livre, é de 789,90 euros e não são ainda conhecidos planos dos operadores para integrarem este smartphone na sua oferta.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Nota da Redação: Foi feita uma correção na informação sobre cores disponíveis.
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